Posteriormente, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan afirmou que os EUA não cumpriram plenamente as suas obrigações com Ancara no âmbito do acordo sobre a Síria.
Por Redação, com Sputnik – de Washington
Os Estados Unidos, que após o início da operação turca Fonte de Paz retiraram suas tropas de 16 bases e postos de controle na Síria, retornaram a seis bases.
De acordo com a agência de notícias Anadolu, os militares norte-americanos atualmente estão se fortalecendo no nordeste da Síria perto da fronteira com a Turquia e o Iraque e próximo aos campos petrolíferos.
De acordo com a informação, o Exército norte-americano está posicionado em cinco bases e postos de controle na província síria de Hasakah, localizada no nordeste da Síria.
Washington está planejando fortalecer a segurança em torno dos campos petrolíferos e se reforçar perto da fronteira sírio-turca, comunica a agência.
Segundo a notícia, as tropas norte-americanas estão atualmente posicionadas em 11 bases e postos de controle no território sírio. Cinco deles ficam na província de Hasakah, quatro em Deir ez-Zor e dois em Raqqa.
Na província de Deir ez-Zor os militares americanos estão construindo mais dois postos de controle.
EUA e Turquia
Em 17 de outubro, os EUA e a Turquia afirmaram que concordaram em suspender a operação militar da Turquia por 120 horas e que chegaram ao acordo sobre a retirada de agrupamentos curdos da zona tampão de 30 quilômetros na fronteira entre a Turquia e a Síria, que Ancara pretendia controlar.
Posteriormente, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan afirmou que os EUA não cumpriram plenamente as suas obrigações com Ancara no âmbito do acordo sobre a Síria.
Refugiados na Síria
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que as potências mundiais ainda não ofereceram nenhum apoio à sua “zona segura” planejada no norte da Síria, onde ele pretende reinstalar um milhão de refugiados sírios, informou a emissora NTV nesta quarta-feira.
A Turquia afirmou que a zona permitirá que os refugiados acampados em seu território retornem com segurança ao seu país e ajudem a proteger sua fronteira com a Síria. Mas aliados ocidentais criticaram a incursão militar turca em outubro, que viu Ancara capturar grande parte do norte da Síria da milícia curda YPG.
– Nem mesmo os países que consideramos os mais poderosos e respeitados saíram ainda em resposta ao nosso apelo à zona segura e disseram ‘estamos dentro’ – reclamou Erdogan a repórteres em Genebra, onde participou do Global Fórum sobre Refugiados na terça-feira.
Mais de 600 mil refugiados se juntariam voluntariamente em torno de 371 mil já na “zona de paz”, comentou ele na terça-feira.
– Se conseguirmos isso, isso entrará na história como um exemplo. Eles dirão: ‘A Turquia estabeleceu esta cidade ou cidades para refugiados’. Isso é realmente importante para nós. Nosso projeto é ótimo – declarou.
Erdogan destacou que a Turquia gastou US$ 40 bilhões para hospedar cerca de 3,7 milhões de refugiados sírios. Ele acusou repetidamente a União Europeia de não entregar cerca de metade dos quase 6 bilhões de euros (US$ 6,61 bilhões) que prometeu apoiar o trabalho mais amplo dos refugiados.
A Turquia e seus aliados rebeldes sírios lançaram sua terceira ofensiva no norte da Síria em outubro, visando a milícia curda YPG aliada dos EUA, que liderou a luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), mas que Ancara considera um grupo terrorista.