Ministério dos Transportes precisa de mais R$1 bi para concluir obras

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Publicado quinta-feira, 15 de maio de 2003 as 14:18, por: CdB

Ministério dos Transportes quer R$ 1,1 bilhão a mais no orçamento para recuperar as estradas e melhorar a infra-estrutura de transportes do país. Segundo o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Keiji Kanashiro, o montante seria suficiente para melhorar a qualidade de cerca de 7 mil quilômetros de estradas.

Atualmente, o ministério conta com cerca de R$ 1,4 bilhão – já liberados no orçamento – para aplicar em infra-estrutura de transportes. Com o aporte de mais R$ 1,1 bilhão, o ministério teria R$ 2,5 bilhões para colocar em prática uma das mais recentes metas prioritárias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: recuperar parte da malha rodoviária do país antes de setembro – início do período das chuvas.

Para o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, a liberação dos recursos é praticamente certa. Mantega só não sabe ainda quanto poderá ser descontigenciado. Apesar de R$ 3,9 bilhões estarem previstos no Orçamento do Ministério dos Transportes, neste ano apenas R$ 1,4 bilhão estão disponíveis.

– Está difícil, mas estamos fazendo um esforço grande – disse Mantega depois de reunir-se por mais de duas horas com os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e dos Transportes, Anderson Adauto, para discutir o assunto.

Apesar dos poucos recursos, Mantega garantiu que vai desbloquear parte do dinheiro previsto para o Ministério dos Transportes.

– Com certeza, mais recursos serão alocados- afirmou. Segundo Mantega, assim que os gastos e as receitas forem equalizadas e o dinheiro for liberado, os recursos deverão ser aplicados em obras prioritárias como a BR 116 (Bahia), a Fernão Dias (Minas Gerais – São Paulo) e BR 101 (São Paulo – Rio Grande do Sul).

De acordo com o seretário-executivo do Ministério dos Transportes, Keiji Kanashiro, os recursos que forem liberados serão aplicados prioritariamente nas obras que estão praticamente concluídas – com mais de 70% de execução.

– A pior obra é a que não termina – enfatizou o secretário.

Para o ministro Anderson Adauto, o governo ainda não conseguiu fechar um número que atenda a demanda do ministério.

– Os números não bateram – disse depois de ficar reunido por mais de quatro horas com as equipes técnicas de Palocci e Mantega para definir quanto o governo federal poderá dispor para recuperar as estradas.