Ministro acusa Delcídio do Amaral de mentir em depoimento questionável

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Publicado Quinta, 03 de Março de 2016 às 13:33, por: CdB

Advogado-geral da União, recém chegado ao cargo, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou, na tarde desta quinta-feira, que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) “mentiu” ao prestar um suposto depoimento à Justiça Federal, no Paraná, sob a gestão do juiz Sergio Moro

Por Redação - do Rio de Janeiro
O ministro Cardozo negou exercer qualquer tipo de pressão sobre o Judiciário e desqualificou o líder do Governo no Senado, afastado do cargo por motivos de saúde, ao afirmar que “não seria a primeira vez” que Delcídio do Amaral teria mentido.
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Cardozo afirmou que foram cumpridos todos os 49 mandados de busca e apreensão expedidos
A repórter Débora Bergamasco, que assina a matéria de capa da publicação semanal, diz que “pouco antes de deixar a prisão, no dia 19 de fevereiro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato”. Após confirmar que a revista “teve acesso às revelações feitas pelo senador”, informa que o depoimento de Amaral forma um compêndio de “cerca de 400 páginas” e, na opinião da jornalista, trata-se do “mais explosivo relato até agora revelado sobre o maior esquema de corrupção no Brasil – e outros escândalos que abalaram a República, como o mensalão”. Cardozo também nega ter qualquer conhecimento sobre o suposto depoimento. A delação premiada de Delcídio do Amaral, segundo a reportagem, descreve “com extraordinária riqueza de detalhes” a suposta participação da presidenta Dilma Rousseff e do líder petista Luiz Inácio Lula da Silva na tentativa de esconder provas e dissimular a participação deles no esquema de propina descoberto na Petrobras. Bergamasco afirma que houve uma “ação decisiva da presidente Dilma Rousseff para manter na estatal os diretores comprometidos com o esquema do Petrolão e demonstrou que, do Palácio do Planalto, a presidente usou seu poder para evitar a punição de corruptos e corruptores, nomeando para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato”. Cardozo falou aos jornalistas após reunir-se com a presidenta Dilma Rousseff e outros ministros, no Palácio do Planalto. O ministro Cardozo negou exercer qualquer tipo de pressão sobre o Judiciário e desqualificou o líder do Governo no Senado, afastado do cargo por motivos de saúde, ao afirmar que “não seria a primeira vez” que Delcídio do Amaral teria mentido. A repórter Débora Bergamasco, que assina a matéria de capa da publicação semanal, diz que “pouco antes de deixar a prisão, no dia 19 de fevereiro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato”. Após confirmar que a revista “teve acesso às revelações feitas pelo senador”, informa que o depoimento de Amaral forma um compêndio de “cerca de 400 páginas” e, na opinião da jornalista, trata-se do “mais explosivo relato até agora revelado sobre o maior esquema de corrupção no Brasil – e outros escândalos que abalaram a República, como o mensalão”. Cardozo também nega ter qualquer conhecimento sobre o suposto depoimento. A delação premiada de Delcídio do Amaral, segundo a reportagem, descreve “com extraordinária riqueza de detalhes” a suposta participação da presidenta Dilma Rousseff e do líder petista Luiz Inácio Lula da Silva na tentativa de esconder provas e dissimular a participação deles no esquema de propina descoberto na Petrobras. Bergamasco afirma que houve uma “ação decisiva da presidente Dilma Rousseff para manter na estatal os diretores comprometidos com o esquema do Petrolão e demonstrou que, do Palácio do Planalto, a presidente usou seu poder para evitar a punição de corruptos e corruptores, nomeando para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato”. Cardozo falou aos jornalistas após reunir-se com a presidenta Dilma Rousseff e outros ministros, no Palácio do Planalto.

PGR nega delação

Ainda na tarde desta quinta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou nesta quinta-feira, 3, que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) tenha firmado acordo de delação premiada. "Não sei nem se ele fez delação... Ele vai fazer?", ironizou Janot ao ser questionado. Janot disse que não discute "ato jornalístico, que não é jurídico" e enfatizou que que caberá à Procuradoria-Geral da República tomar o depoimento de Delcídio do Amaral, que foro privilegiado. O procurador-geral falou aos jornalistas ao participar da solenidade de posse do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva.
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