Ministro Barroso avisa que voto impresso vai deixar a vida ainda pior do que hoje

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Publicado Quarta, 09 de Junho de 2021 às 12:11, por: CdB

De acordo com o ministro, haverá a substituição de um sistema que ajudou a “derrotar um passado de fraudes” no país. Barroso participa de uma comissão geral na Câmara dos Deputados destinada a debater a regulamentação do combate desinformação, voto impresso e sistemas eleitorais.

Por Redação - de Brasília

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso voltou a alertar, nesta quarta-feira, que se o Congresso aprovar o comprovante do voto impresso e o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validar a decisão, a vida dos brasileiros tende a piorar. E muito.

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Barroso foi eleito para um mandato de dois anos à frente do TSE

De acordo com o ministro, haverá a substituição de um sistema que ajudou a “derrotar um passado de fraudes” no país. Barroso participa de uma comissão geral na Câmara dos Deputados destinada a debater a regulamentação do combate desinformação, voto impresso e sistemas eleitorais.

Ao longo de cerca de uma hora, Barroso garantiu que o atual sistema de urna eletrônica é seguro, transparente e auditável. Aqueles que defendem a comprovação impressa do voto propõem que a mudança como forma de auditar os resultados. O ministro lembrou aos deputados que, ali, todos foram eleitos pelo sistema eletrônico.

— Portanto o que nós fizemos com o sistema eletrônico de votação foi derrotar um passado de fraudes que marcaram a história brasileira no tempo do voto de papel — acentuou.

Fraude

Barroso repassou todas as etapas de auditoria do sistema eletrônico e afirmou que a decisão de adotar o voto impresso é uma decisão política.

— Portanto, se o Congresso Nacional decidir que deve ter voto impresso e o Supremo validar, vai ter voto impresso. Mas vai piorar, a vida vai ficar bem pior. Aliás, a vida vai ficar parecida com o que era antes. Creiam em mim — avisa.

O ministro enumerou, ainda, todas as dificuldades de implantar o voto impresso no país, como o custo de R$ 2 bilhões, a necessidade de realizar licitação para compras urnas e o pior problema: o risco de quebra do sigilo.

— Os meus problemas com o voto impresso são quebra de sigilo e fraude. Nós conseguimos acabar com a manipulação humana nos momentos críticos, que são o transporte, o armazenamento e a contagem desses votos impressos. Assim, nós vamos voltar ao passado dos riscos da manipulação do voto impresso — concluiu.

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