Em reunião da Comissão de Educação da Câmara nesta quarta-feira, Ribeiro negou que um comitê fará interferências na prova e que tampouco fará parte. Mas apoia mudanças.
Por Redação – de Brasília
Ministro da Educação no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o empresário Milton Ribeiro voltou a defender mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a criação da uma nova TV para substituir a extinta TV Escola. O canal já recebeu o título de TV Olavo de Carvalho, em alusão à identificação do ministro com a ideologia do astrólogo, guru do bolsonarismo.
Em reunião da Comissão de Educação da Câmara nesta quarta-feira, Ribeiro negou que um comitê fará interferências na prova e que tampouco fará parte. Mas apoia mudanças.
— Para ingressar no ensino superior o candidato deve demonstrar o que sabe sobre matemática, física, química. E não ser avaliado por questões pessoais, subjetivas — disse.
No início de junho, à mesma comissão, o ministro afirmou ter pedido ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, a elaboração de uma prova “técnica, sem matizes ideológicas de qualquer natureza”. Muito criticada, a fala terminou como alvo de ofício de parlamentares do PSOL ao Ministério Público Federal. O temor é de cerceamento à liberdade de expressão.
TV Escola
Outra polêmica na audiência foi a criação de um canal de TV, que segundo Ribeiro é para preencher a lacuna deixada pela extinta TV Escola. Chamado de TV Olavo de Carvalho nas redes sociais, o projeto deve retirar R$ 100 milhões por ano do orçamento do MEC.
A TV Escola foi extinta em 2019, pelo então ministro da Educação Abraham Weintraub, que não renovou contrato com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, gestora do canal.
— Já houve encontros e tratativas com a Empresa Brasileira de Comunicações (EBC) para tratar do tema. O objetivo é oferecer à sociedade um canal com conteúdos variados, inclusive para surdos. Será a nova TV Escola — afirmou.
Um dos objetivos do novo canal, que o ministro nega, é produzir e propagar conteúdo para a educação domiciliar, também conhecida como homeschooling. A regulamentação dessa modalidade de educação é prioridade do governo no Congresso. O homeschooling, no qual pais ou tutores são os professores, é reivindicação dos setores mais conservadores.
Só pega em tela plana!