Ministro do Trabalho, Marinho condena posição dos EUA sobre a Faixa de Gaza

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Publicado sexta-feira, 20 de outubro de 2023 as 18:27, por: CdB

O ministro representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que se recupera de cirurgia – na abertura do congresso, que vai até domingo. Ele destacou o esforço de retomada após o que chamou de governos “golpista” (Michel Temer) e “das trevas” (Jair Bolsonaro).

Por Redação, com BdF – de São Paulo

O conflito no Oriente Médio foi um dos principais temas da mesa de abertura do 14º Congresso Nacional da CUT, em curso na capital paulista. Foram repetidos apelos por cessar-fogo e pela formação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza. A posição brasileira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), rejeitada apenas por parte dos Estados Unidos, que tem poder de veto, foi comentada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante o encontro.

Luiz Marinho
Aliado de Lula desde o primeiro mandato, Luiz Marinho volta ao ministério na nova gestão

— Esses organismos internacionais precisam mudar, precisam se democratizar. A paz se conquista com diálogo, com entendimento, com construção — afirmou.

 

Estrutura

O ministro representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que se recupera de cirurgia – na abertura do congresso, que vai até domingo. Ele destacou o esforço de retomada após o que chamou de governos “golpista” (Michel Temer) e “das trevas” (Jair Bolsonaro).

— Estamos procurando reconstruir as políticas públicas, a política de preservação ambiental e a defesa da vida — pontuou Marinho, aos quase 2 mil delegados.

Pouco antes da sessão de abertura, o ministro reuniu-se, em separado, com delegados internacionais para um balanço de ações do governo. Ele citou, por exemplo, a lei de paridade salarial entre homens e mulheres que exerçam a mesma função. Ao plenário, lembrou que de janeiro a agosto o país abriu quase 1,4 milhão de empregos com carteira assinada e deve fechar o ano com saldo de 2 milhões.

Marinho tratou, ainda, do andamento dos grupos de trabalho tripartite (governo, empresários e trabalhadores) sobre diversos temas, como o da valorização da negociação coletiva e estrutura sindical. A expectativa é concluir o debate até o mês que vem.

 

Impasse

O ministro reafirmou que o acordo envolvendo o trabalho por aplicativos está praticamente pronto.

— A negociação está consolidada. Estamos negociando a redação — informou.

Esse entendimento refere-se ao transporte de passageiros (Uber, 99). Já o transporte de mercadorias (como iFood) enfrenta impasse. Segundo ele, as empresas afirmam que não poderiam pagar o que se propôs porque inviabilizaria o “modelo de negócio”. Marinho voltou a comparar o modelo atual com exploração e trabalho análogo à escravidão.

Assim, o governo deverá encaminhar dois projetos de regulação ao Congresso: sobre transporte de quatro rodas (pessoas) e duas rodas (mercadorias), mas apenas um de consenso. Em outra frente, o Executivo discute a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre negociação coletiva no setor público.

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