Mobilizações em massa, por todo o Brasil, pressionam por queda rápida do governo neofascista

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Publicado Segunda, 26 de Julho de 2021 às 12:49, por: CdB

Para o professor Guilherme Boulos, coordenador da Frente Povo Sem Medo e pré-candidato a governador do Estado de São Paulo, no ano que vem, o crescimento dos atos pelo impeachment, assim como a reforma ministerial anunciada durante a  semana, que dará mais poder aos partidos do centrão, são sinais da perda de força do presidente, acuado devido à pressão popular.

Por Redação, com RBA - de São Paulo
Mais de 600 mil manifestantes foram às ruas em mais de 400 cidades do Brasil no sábado pedindo a saída do governo Bolsonaro. Com o mote ‘Por vacina, emprego e auxílio: Fora Bolsonaro’, os atos aconteceram em um contexto de piora das condições de vida dos brasileiros, que sofrem com o avanço da pandemia, que já deixou mais de 550 mil mortos, além de desemprego e alta dos alimentos.
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Guilherme Boulos (PSOL) reúne o apoio da esquerda, em São Paulo, e incomoda o candidato oficial do governo Bolsonaro
Esse cenário, associado ao acúmulo de denúncias de corrupção e perda de apoio inclusive da base política de parte dos conservadores, coloca Bolsonaro em condição mais frágil e em sérios riscos, segundo avaliam líderes políticos brasileiros.

Impedimento

Para Guilherme Boulos, coordenador da Frente Povo Sem Medo e pré-candidato a governador do Estado de São Paulo, o crescimento dos atos pelo impeachment, assim como a reforma ministerial anunciada durante a  semana, que dará mais poder aos partidos do centrão, são sinais da perda de força do presidente, acuado devido à pressão popular. — O barco do Bolsonaro está com muitos furos e com risco real de afundar. E ele decidiu se socorrer com o centrão para ministrar o barco, com a reforma ministerial que fez essa semana. E também para se livrar do impeachment — avaliou Boulos à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA). O ex-candidato a presidente da República, em 2018, acredita que as provocações de Bolsonaro sobre voto impresso como condição para as próximas eleições, são também sinal da falta de força política do presidente. — O voto impresso é a narrativa que ele constrói para poder mobilizar fanáticos e milicianos. Nosso papel é construir uma muralha de resistência. É dizer que vai ter eleição. E que mais do que isso, nós vamos trabalhar para que tenha eleição e para que o Bolsonaro não esteja nela. Para que tenha impeachment e que ele esteja respondendo pelos crimes que cometeu no Tribunal de Haia, durante o período eleitoral, pelo genocídio que cometeu — afirmou.

Manifestações

O ex-ministro e ex-candidato a presidente da República, Fernando Haddad, concorda com a avaliação, e ressalta que a tática de ameaças é própria do governo Bolsonaro e aumenta  no momento em que a reprovação a seu governo cresce inclusive entre as correntes políticas de centro e de direita. — Nós temos que nos lembrar que o governo Bolsonaro é um governo de provocação permanentemente. Ele testa as instituições e a paciência dos democratas permanentemente. E agora ele está recebendo a resposta não só do movimento popular e da esquerda em geral, mas dos setores democráticos mais conservadores que não valorizam esse tipo de conduta em relação ao Brasil — avaliou Haddad. Sobre a aproximação dos conservadores dos atos contra Bolsonaro, o ex-ministro acredita que somente essa diversificação poderá massificar a pauta e tornar real a possibilidade de impeachment. — Eu creio que as manifestações vão crescer e se diversificar. Acredito que temos que acolher todos aqueles que se opõem a esse governo, que tem que ser derrotado pela via do impeachment, que antecipa esse desfecho que tem causado tanto sofrimento para a população — concluiu.
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