Montadoras vão demitir em massa e agravar desemprego no país

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Publicado Quarta, 17 de Maio de 2017 às 12:05, por: CdB

Com risco de desemprego, os contratos da GM ficarão suspensos até 4 de novembro, com os salários sendo pagos, em parte pela empresa e em parte pelo governo federal

 

Por Redação - de Chicago, EUA, e São Paulo

 

A partir do dia 5 de junho, até 1,5 mil trabalhadores da General Motors (GM), em São José dos Campos, interior paulista, devem entrar em sistema de layoff (suspensão temporária de contrato de trabalho). A medida será acompanhada também pela Ford, em nível mundial, com reflexos para o quadro de desemprego e crise econômica em curso, no Brasil

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No segmento só dos automóveis, a crise econômica tem levado milhares de trabalhadores ao desemprego

Os contratos da GM ficarão suspensos até 4 de novembro, com os salários sendo pagos, em parte pela empresa e em parte pelo governo federal. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, ficou acertado com a empresa que todos os afetados terão os empregos garantidos até fevereiro de 2018.

Os trabalhadores atingidos pela medida também frequentarão cursos de qualificação durante o período de suspensão dos contratos. A proposta foi aprovada em assembleia dos trabalhadores da fábrica. A unidade possui cerca de 5 mil funcionários e produz os modelos S10 e Trailblazer.

Em fevereiro, a GM havia dado férias coletivas a 2,2 mil empregados na mesma unidade. No acumulado de janeiro a março, a montadora vendeu 72,4 mil veículos, segundo balanço da Associação Nacional dos. Fabricantes de Veículos Automotores. O número representa um crescimento de 3,6% diante do comercializado no mesmo período em 2016.

Desemprego no mundo

A Ford Motor disse, em nota, nesta quarta-feira, que planeja cortar 1,4 mil empregos assalariados na América do Norte e na Ásia por meio de programa de aposentadoria voluntária antecipada e outros incentivos financeiros, enquanto busca recuperar o preço de suas ações. Não está descartado, porém, um ajuste nas plantas industriais na América Latina.

A segunda maior fabricante de automóveis dos EUA informou que os cortes representariam, aproximadamente, 10% do total de 15 mil trabalhadores assalariados. Ainda segundo a empresa, um grande grupo de trabalhadores assalariados não seria coberto pelos cortes planejados. Incluindo aí aqueles na área de desenvolvimento de produtos e na divisão de crédito da Ford.

Os cortes, por enquanto, não se aplicarão às unidades da Ford na Europa e América do Sul. Cerca de dois terços dos cortes planejados estão na América do Norte e o restante na Ásia. A Ford não planeja cortar trabalhadores por hora ou produção.

A montadora vai oferecer incentivos financeiros para estimular os trabalhadores assalariados a saírem voluntariamente. Incluiráo ofertas de generosa aposentadoria antecipada, afirmou fonte a par dos planos.

Em 2016, a Ford cortou centenas de empregos executivos na Europa para reduzir custos em US$ 200 milhões anuais. Nos primeiros negócios da sessão de quarta-feira, as ações da Ford tinha baixa de 0,3%. Desde que Mark Fields assumiu como presidente-executivo em julho de 2014, os papéis caíram quase 40%.

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