Moraes leva adiante processo em que moro acusa o presidente de interferir na PF

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Publicado Quarta, 28 de Outubro de 2020 às 11:53, por: CdB

“Solicitem-se à autoridade policial designada nestes autos, informações sobre o andamento das investigações apontadas no despacho de polícia judiciária nº 458/2020. Cumpra-se”, determinou Moraes.

Por Redação, com Reuters - de Brasília
O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações à Polícia Federal, nesta quarta-feira, acerca do andamento das investigações do inquérito em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi acusado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro de tentar interferir na PF.
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Os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes conversam, em evento público
“Solicitem-se à autoridade policial designada nestes autos, informações sobre o andamento das investigações apontadas no despacho de polícia judiciária nº 458/2020. Cumpra-se”, determinou Moraes, em despacho publicado no Diário de Justiça desta terça-feira. Essa foi a primeira decisão do ministro do STF como relator do inquérito, após a aposentadoria do então decano da Corte Celso de Mello, que conduzia o caso. Moraes foi sorteado relator após o presidente do Supremo, Luiz Fux, ter atendido a um pedido da defesa de Moro e determinado a redistribuição do inquérito. Se essa investigação não fosse redistribuída, o caso seguiria, naturalmente, para Kassio Marques, escolhido por Bolsonaro para a vaga no STF aberta com a aposentadoria de Celso de Mello.

Plenário

O inquérito, aberto no final de abril, está em sua reta final. O Plenário do STF precisará decidir se o presidente vai depor por escrito ou presencialmente. Esse debate foi ao colegiado, mas somente Celso de Mello, às vésperas de se aposentar, votou a favor do depoimento presencial. O presidente do Supremo não marcou ainda a retomada dessa discussão em plenário. Após essa diligência e caso não houver outras apurações a serem realizadas, a expectativa é que o inquérito venha a ser concluído e caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir se denuncia Bolsonaro, se arquiva o inquérito ou pede novas diligências. Bolsonaro nega ter cometido qualquer irregularidade.
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