Moro ‘arrega’ do convite para um debate com Ciro Gomes, do PDT

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Publicado Terça, 21 de Dezembro de 2021 às 13:22, por: CdB

Não é a primeira vez que Moro foge ao debate. Ao ser questionado sobre o combate aos privilégios do Judiciário, em recente entrevista ao canal norte-americano de TV CNN, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro usou de evasivas, generalizou e falou sobre o funcionalismo em tom de corporativismo.

Por Redação - de São Paulo
O termo "Arregou" subiu aos primeiros lugares ao longo desta terça-feira, nas redes sociais, depois que o ex-juiz suspeito Sérgio Moro fugiu do debate com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. Em entrevista ao canal MyNews, na internet, Moro foi pressionado pela jornalista Mara Luquet sobre o convite de Ciro para o que ela afirmou ser apenas um "diálogo".
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As pesquisas mostram que o ex-juiz suspeito Sérgio Moro permanece estagnado na intenção de votos dos eleitores, por falta de combatividade
— A questão é que a gente está construindo o nosso projeto, está apresentando. O Ciro primeiro tem que largar essa postura dele agressiva, ofensiva para dialogar — esquivou-se. Ato seguinte, foi interpelado por Luquet: — Não, não. Nos diálogos eu que faço a mediação. Não tem ofensa a ninguém. Moro, então, desvia o olhar e argumenta: ”É, mas assim…". — Se for para entrar num debate, diálogo com alguém que começa ofendendo, como ele tem feito toda hora, aí não é debate, não agrega nada — acrescenta, em um tom mais baixo.

Tom de voz

Não é a primeira vez que Moro foge ao debate. Ao ser questionado sobre o combate aos privilégios do Judiciário, em recente entrevista ao canal norte-americano de TV CNN, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro usou de evasivas, generalizou e falou sobre o funcionalismo em tom de corporativismo, o que irritou o jornalista William Waak. — Dentro do governo, eu era favorável a uma reforma administrativa. Nós precisamos ter uma reforma administrativa que valorize o servidor. Nós precisamos, claro, diminuir custos desnecessários, mas não podemos tratar o servidor publico como vilão — titubeou Moro. No vídeo, foi possível observar as expressões de perplexidade de William Waack com a falta de objetividade do ex-juiz. — Eu não sei se quem nos assiste entendeu se, afinal de contas, o senhor lutaria contra determinados privilégios no funcionalismo público, mas deixo a seu critério se quiser prosseguir nessa linha — emendou Waack. Na tentativa de se tornar mais efetivo, Moro tem tentado mudar o tom de voz, a fim de reduzir falhas e mudanças no tom, que por vezes desafina. A responsável pelas alterações na voz do ex-juiz é a fonoaudióloga Leny Kirillos.
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