Publicado Terça, 19 de Abril de 2022 às 09:45, por: CdB
De acordo com o Ministério da Defesa, foi declarado um cessar-fogo temporário para permitir o esvaziamento da indústria. A siderúrgica abriga o último reduto da resistência ucraniana em Mariupol e também um número incerto de civis, incluindo mulheres e crianças.
Por Redação, com Sputnik - de Moscou
O Exército da Rússia abriu um "corredor humanitário" para a evacuação dos ucranianos entrincheirados na siderúrgica Azovstal, na cidade sitiada de Mariupol.
Vista da siderúrgica de Azovstal, em Mariupol
De acordo com o Ministério da Defesa, foi declarado um cessar-fogo temporário para permitir o esvaziamento da indústria. A siderúrgica abriga o último reduto da resistência ucraniana em Mariupol e também um número incerto de civis, incluindo mulheres e crianças.
Durante a manhã, Moscou já havia exortado os militares da Ucrânia a entregar as armas até o meio-dia, prazo que já venceu. "Chega dessa resistência insensata", afirmou o Ministério da Defesa da Rússia.
No entanto, a agência ucraniana Ukrinform diz que os serviços secretos de Kiev interceptaram um telefonema em que um militar russo fala de uma ordem para destruir a Azovstal. "Os ocupantes ignoram o fato de que civis também estão na indústria. Os russos estão preparando 'surpresas' de três toneladas do céu", disse o serviço de segurança no Telegram.
Ataque
Já o deputado Sergei Taruta, que representa a região de Donetsk, onde fica Mariupol, denunciou um ataque com bomba contra um hospital vizinho à Azovstal. "Segundo minhas informações, há 300 pessoas sob os escombros, incluindo crianças", escreveu o parlamentar no Twitter.
Mariupol é uma importante cidade portuária do sudeste da Ucrânia e foi devastada durante quase dois meses de cerco promovido pela Rússia e por forças separatistas de Donetsk.
A conquista dessa parte da Ucrânia é crucial para Moscou, que tenta estabelecer uma conexão terrestre entre a península da Crimeia e os territórios rebeldes no Donbass.
Mariupol tinha cerca de 450 mil habitantes antes da guerra, e as autoridades ucranianas estimam que mais de 20 mil pessoas tenham morrido durante o cerco à cidade.