Sem-terra prometem realizar uma serie de protestos para evitar que Lula comece a cumprir sua sentença. “E aqui vai o recado para a dona Polícia Federal e para a Justiça: não pensem que vocês mandam no país”, disse João Pedro Stedile, coordenador do MST.
Por Redação – de São Paulo
Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile afirmou, nesta quinta-feira, que os movimentos sociais não irão aceitar “de forma nenhuma” uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— E aqui vai o recado para a dona Polícia Federal e para a Justiça: não pensem que vocês mandam no país. Nós, dos movimentos populares, não aceitaremos de forma nenhuma que o nosso companheiro Lula seja preso — disse Stedile.
Burgueses

Segundo Stedile, as forcas da extrema direita atuam sobre o Judiciário brasileiro.
— O Poder Judiciário nos deu uma prova de que eles são burgueses. Eles foram didáticos de nos explicar como o Poder Judiciário neste país é antidemocrático e tem lado — afirmou em referência ao resultado do julgamento de Lula pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV); que condenou Lula a 12 anos e 1 mês de cadeia.
A declaração foi feita durante a reunião da direção nacional do PT que decidiu reafirmar a candidatura de Lula à Presidência da República; realizada nesta quinta-feira, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Presidente da CUT, Wagner Freitas também disse que os movimentos sociais e de trabalhadores irão “enfrentar (a decisão judicial) nas ruas e desautorizar o TRF-IV”. Freitas acrescentou que, no dia 19, de fevereiro será deflagrada “a maior greve geral da nossa história” caso os deputados “ousarem votar a reforma da Previdência”.
Denúncia
A deputada estadual Manuela D’Ávila, pré-candidata à Presidência da Republica pelo PCdoB; por sua vez, denunciou nas redes sociais uma perseguição a 13 militantes do Levante Popular da Juventude em Porto Alegre. Treze mulheres foram presas.
“Desde 2013, temos presenciado a ideia de caracterizar e movimento sociais como quadrilhas, organizações criminosas. É mais uma demonstração disso. Impossibilidade de pagamento de fiança para 13 meninas que não oferecem nenhum risco à sociedade. Não razão alguma para ocuparem vagas em presídio. É um caso que agrava esta repressão aos movimentos sociais que temos vivido no Rio Grande do Sul”, disse a deputada estadual gaucha.
Além delas, três homens do Levante Popular da Juventude foram presos, de acordo com o coletivo Mídia Ninja. Uma pessoa que tirou fotos da ação também foi detida e passou a noite algemada. Ela não fazia parte do grupo.