Mulher morre vítima de bala perdida na Zona Norte do Rio

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Publicado Sexta, 04 de Janeiro de 2019 às 11:44, por: CdB

Segundo a Polícia Militar, não havia operação na região. O disparo teria partido de um conflito entre facções rivais pelo controle da comunidade.

Por Redação, com agências de notícias - do Rio de Janeiro

Uma mulher de 22 anos morreu após ser atingida por uma bala perdida na comunidade da Palmeirinha, em Honório Gurgel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Marina Cosmo da Silva foi baleada na cabeça na quinta-feira.
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Marina Cosmo da Silva foi baleada na cabeça
Segundo a Polícia Militar, não havia operação na região. O disparo teria partido de um conflito entre facções rivais pelo controle da comunidade. De acordo com a corporação, suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas da favela do Muquiço, no bairro vizinho Guadalupe, teriam tentado invadir a Palmeirinha, entrando em confronto com os traficantes locais. A jovem foi socorrida e levada ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado na DH-Capital (Delegacia de Homicídios da Capital), onde a mãe da vítima já prestou depoimento. Marina deixa dois filhos.

Comandante da UPP da Rocinha

O capitão Marcelo Alves, comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, foi baleado, durante uma tentativa de assalto no bairro Curicica, na Zona Oeste do Rio. A vítima relatou à PM que trafegava de carro pela rua Coronel Pedro Corrêa quando foi surpreendido por criminosos em um carro. Três homens armados teriam rendido o comandante e uma amiga que o acompanhava, que também é militar. Ao ser abordado, Marcelo reagiu ao assalto, baleou um dos suspeitos e também foi atingido por um tiro. Os criminosos conseguiram fugir.

Intervenção

O interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, disse que após 10 meses de trabalho a intervenção atingiu os objetivos de recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade. “Temos a convicção de que trilhamos um caminho difícil e incerto, mas cumprimos a missão”, disse durante a cerimônia de encerramento da intervenção, que ocorreu no Comando Militar do Leste, Centro do Rio. Braga Netto destacou ainda a participação da sociedade carioca, de instituições públicas e privadas, de órgãos de segurança pública que trabalharam de forma integrada às Forças Armadas, o que, para ele, significa um marco histórico. O general defendeu mais uma vez a importância da continuidade da integração das forças. “Os desafios da segurança pública só serão vencidos se enfrentados de forma integrada, onde cada organização oferece as suas melhores capacidades para atingirmos o bem comum”, apontou. Ainda durante o discurso, Braga Netto comparou o início da intervenção em fevereiro deste ano a um avião que precisou começar a funcionar em pleno voo. “Diferente do que muitos imaginam, não tínhamos um plano pronto. A surpresa foi nossa companheira e sabíamos que a demanda requerida era urgente. Sentimos orgulho quando literalmente percebemos que os homens e mulheres que se somavam à equipe inicial, não apenas aprendiam a pilotar esse ‘avião’, mas estavam construindo-o em pleno voo”, indicou. Braga Netto destacou o planejamento estratégico, concluído pelos integrantes do Gabinete de Intervenção Federal em pouco tempo, que orientou as ações em dois eixos principais: recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade, visando a recuperação da sensação de segurança pela população carioca e a transformação dos órgãos de Segurança Pública em instituições do estado. Durante a cerimônia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, apresentou uma mensagem de áudio gravada do presidente Michel Temer elogiando o “brilhante trabalho” realizado pela intervenção. Sem detalhar os números, Temer destacou a queda em indicadores de criminalidade e o apoio da população. “Não foi sem razão que a população do Rio de Janeiro em todas as pesquisas revelava o aplauso à intervenção”, afirmou, acrescentado que decretou a intervenção, em fevereiro deste ano, após negociação com o governo estadual. O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, lembrou que antes da intervenção “o Estado do Rio estava à beira da convulsão social”. Dornelles agradeceu ao general Braga Netto pelo legado que a intervenção deixou no Rio.
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