Mulheres vencem o câncer de mama com apoio familiar e suporte médico

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Publicado Sexta, 19 de Outubro de 2018 às 07:24, por: CdB

Casos de Kalley Damares e de Sônia Matos reforçam a necessidade da prevenção e diagnóstico precoce.

Por Redação, com ACS - de Brasília

Diante do medo ao receber um resultado positivo de câncer, a batalha contra a doença pode parecer assustadora. Aos 37 anos, a farmacêutica Kalley Damares Freitas de Teixeira foi diagnosticada com câncer de mama. Para atenuar a dor, o remédio foi o amor da família e dos amigos. A vontade de viver falou mais alto e a corrida pela vida se tornou uma meta diária.

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Kalley teve o câncer aos 37 anos. Com o carinho da mãe e da família, segue vencendo todas as etapas
Graças ao hábito de fazer exames preventivos anualmente, o diagnóstico veio na fase inicial. Foi em um dos exames de rotina, em 2017, que Kalley descobriu o câncer. Sua primeira reação foi tomar as providências que precisava para o próximo passo. Seu foco passou a ser a cura. “A forma em que a gente se posiciona diante de um diagnóstico de uma doença é muito importante para a cura. Procurei me tranquilizar, coloquei minha fé em Deus acima de tudo e a minha confiança completa na ciência, na medicina”, afirmou. Em seu tratamento, a primeira etapa foi a mastectomia, procedimento de retirada da mama direita completa. Em seguida, fez 16 quimioterapias, 28 sessões de radioterapia e, agora, está na fase da hormonoterapia. Pouco mais de um ano, já levando uma vida normal, a descoberta do câncer trouxe um novo significado para sua vida.

Desafios

– O tratamento oncológico foi um clique, foi uma virada de chave na minha vida. (...). Com o tratamento, eu ressignifiquei meu estilo de vida, meus hábitos. Hoje tenho hábitos alimentares e de atividade física. Tudo que faço é voltado para trazer saúde para o meu corpo, para o meu organismo – afirmou. Pessoas que passaram por procedimentos, como a Kalley, ou cujos tratamentos provocaram disfunções orgânicas enfrentam desafios cotidianos. O diagnóstico e o tratamento para combater o câncer geram um estresse emocional muitas vezes transformador. No entanto, ela ressalta a importância de se manter confiante. “É possível ter vida durante o tratamento oncológico e vida após o tratamento oncológico. É isso que eu vivo, é isso que eu vivi durante o tratamento. Hoje eu sou muito mais feliz que antes”, contou.

Doença silenciosa

Um desconforto na mama, causado por um nódulo do tamanho de uma bolinha de gude, levou Sônia Matos a procurar um especialista, que solicitou exames de mamografia, ecografia mamária e a punção. Em 2016, aos 47 anos, recebeu o diagnóstico. "Passou um filme na cabeça. Pensei no filho, nos pais, no esposo. Pensei no que poderia acontecer dali para frente. Mas saí do consultório com o esposo, confiante e bem tranquila", afirmou. Sônia fez a cirurgia de retirada de nódulo; em seguida, a colocação da prótese. Não precisou fazer quimioterapia e nem radioterapia. Hoje usa medicamento oral, que deve finalizar após cinco anos. "Com apenas 30 dias, voltei à vida cotidiana. Ou seja, ao trabalho e aos estudos. Tenho uma vida normal. Tive apenas que mudar alguns hábitos alimentares, como retirada de açúcar, menos carne vermelha, mais frutas e verduras, além da inclusão da atividade física na rotina", contou.

Tratamento oncológico

Em caso de mastectomia, desde 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) faz a cirurgia plástica reparadora da mama logo após a retirada do câncer. Se a reconstrução não puder acontecer imediatamente, a paciente deve ser encaminhada para acompanhamento clínico, conforme determina a Lei 12.802/2013.

Todos os tratamentos estão disponíveis na rede pública. Conforme o tipo do tumor, o tamanho e alguns detalhamentos que vêm na biópsia é que os médicos avaliam as modalidades para a paciente. “As situações são avaliadas caso a caso. Cada modalidade de tratamento depende de como a gente encontra a paciente no diagnóstico inicial”, ponderou a médica-cirurgiã oncológica Viviane Rezende de Oliveira, responsável pela parte da mastologia e câncer ginecológico no Instituto do Câncer de Brasília e no Hospital Universitário (HUB).

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