Mulheres mobilizam parlamentares contra gravidez em caso de estupro

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Publicado Terça, 14 de Novembro de 2017 às 11:37, por: CdB

Organizadas pela Marcha Mundial das Mulheres, Povo sem Medo e Frente Feminista de Esquerda, elas repudiam proposta que proíbe a interrupção de gravidez até mesmo para vítimas de estupro

Por Redação, com agências de notícias - de Brasília:

Mulheres foram às ruas no dia anterior em 25 cidades para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181, apelidada por elas de Cavalo de Troia. Aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados no último dia 8, com 18 votos a favor e um contra, a proposta previa, a princípio, ampliar a licença maternidade para mães de bebês prematuros.

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As manifestações foram organizadas pela Marcha Mundial das Mulheres, Povo Sem Medo, Frente Feminista de Esquerda e diversos outros coletivos feministas

Só que o projeto foi modificado pelo relator Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP); passando a definir que a vida começa na concepção; daí o apelido, referindo-se à lenda do cavalo de madeira recebido como prêmio. Mas que estava carregado de soldados inimigos em seu interior. 

As manifestações foram organizadas pela Marcha Mundial das Mulheres, Povo Sem Medo; Frente Feminista de Esquerda e diversos outros coletivos feministas.

Em Ribeirão Preto (SP), o ato foi realizado pela manhã, na Esplanada do Theatro Pedro II. Em Salvador, teve início no começo da tarde, na Praça da Piedade.

Na segunda-feira, manifestantes reuniram no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Belém; Florianópolis, Recife, Ribeirão Preto, Manaus, Brasília, Maringá, Campinas; Goiânia, Taubaté, Juiz de Fora, Uberlândia, Campo Grande, São Carlos, Maceió, Manaus e Vitória.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, a deputada Jô Moraes (PCdoB) também criticou a inclusão da medida na proposta. Segundo ela, o texto original da PEC é correto, pois amplia o direito à licença maternidade para mães de prematuros. Mas uma manobra incluiu a proibição definitiva do aborto no país; direito conquistado há 70 anos para os casos de estupro, risco de morte da gestante e, mais recentemente, fetos anencéfalos.
 
– O mais simbólico é que as mães levaram seus filhos para demonstrar que o que defendiam é que mulheres estupradas; e com risco de vida pudessem ter direito a interromper a gravidez, assistidas pelo Estado, como previsto no atual Código Penal. É preciso parar com este discurso hipócrita; muitas mulheres estão morrendo por conta disso – alertou.
 
De acordo com Jô, os movimentos de mulheres devem pedir audiência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); para que o parlamentar não paute a matéria em Plenário. Na última sexta-feira, em seu Facebook, Maia escreveu que a proibição do aborto em casos de estupro “não vai passar” na Casa.

 

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