Municípios vão receber recursos para equipar salas de vacinação

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Publicado Sexta, 30 de Agosto de 2019 às 11:08, por: CdB

A medida tem por objetivo garantir a qualidade dos imunobiológicos ofertados à população.

Por Redação, com ABr - de Brasília

Os municípios, com até 100 mil habitantes, vão receber nos próximos meses R$ 44,2 milhões do Ministério da Saúde para que possam adquirir câmaras frias a fim de ampliar a estrutura de armazenamento de vacinas e imunobiológico. A liberação dos recursos foi acertada durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, realizada esta semana em Brasília.
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Ministério da Saúde vai liberar R$ 44,2 milhões nos próximos meses
A medida tem por objetivo garantir a qualidade dos imunobiológicos ofertados à população e a execução da Política Nacional de Imunizações dentro do padrão de qualidade e segurança do Sistema Único de Saúde (SUS). – Entre as vantagens da câmara fria estão o controle real da temperatura e sua distribuição homogênea, o processamento dos dados que permite acompanhar qualquer alteração no equipamento e ainda a disponibilização de bateria, caso ocorra queda de energia. Com isso, é possível garantir a qualidade e a eficácia da vacina aplicada na população, além de evitar a perda desses insumos por conta das variações de temperatura – disse o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Julio Croda.

Critério do número de habitantes

De acordo com o ministério, além do critério do número de habitantes, o município precisa ter implantado o sistema de informação nominal do Programa Nacional de Imunizações e não dispor de uma câmara refrigerada. O dinheiro será liberado na modalidade fundo a fundo, em parcela única, pelo Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e/ou Municipais, por meio do Bloco de Investimento na Rede de Serviços Públicos de Saúde, no Grupo de Vigilância em Saúde. Todos os procedimentos e critérios para o repasse dos recursos financeiros serão divulgados em portaria que o ministério publicará em breve.

Tecnologias nucleares

As tecnologias nucleares podem parecer assunto de filme de ficção científica, mas estão mais presentes no nosso dia a dia do que imaginamos. Uma escova de dente e o fio dental que compramos na farmácia foram irradiados para garantir a esterilização. Na área de saúde, a tecnologia nuclear é usada em exames de diagnóstico por imagem e na esterilização de materiais cirúrgicos. A técnica está presente, ainda, no segmento da alimentação e até mesmo na recuperação de bens culturais. Os benefícios do uso desse tipo de tecnologia foi tema, na quinta-feira, do seminário Tecnologias Nucleares Aplicadas ao Bem-Estar Social, organizado pela Secretaria Geral da Presidência da República por meio da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos. Na área de saúde, um exemplo é o exame de diagnóstico chamado Pet-Scan que faz imagens nítidas do corpo humano e detecta com precisão lesões como tumores. O exame é um importante aliado no tratamento precoce de doenças. O coordenador-geral de aplicações das radiações ionizantes do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Francisco Rondinelli, explicou que foi a Comissão Nacional de Energia Nuclear, ligada à pasta, que trouxe a tecnologia para o Brasil no início do ano 2000 e garantiu a produção do radiofármaco necessário para o exame. Ele destacou a importância de levar a tecnologia nuclear na área médica e nas demais áreas para todas as regiões do Brasil. “Esse é um esforço que estamos fazendo em conjunto dentro das políticas dos ministérios”, disse Francisco Rondinelli. O contra-almirante Antônio Capistrano de Freitas, secretário de coordenação de sistemas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), afirmou que os projetos nucleares são estratégicos para um país e norteados pelo Estado. “Toda a parte nuclear e radiológica no Brasil está como monopólio da União. Esse monopólio vai atender à sociedade brasileira, especialmente nessa parte de medicina”, disse. Antônio Capistrano lembrou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, ressaltou a importância do setor de energia nuclear ao enviar mensagem ao Congresso Nacional, em fevereiro, no início da atual legislatura. “Temos grande capacidade, podemos ser soberanos na tecnologia nuclear e no uso dela”, lembrou Capistrano. De acordo com o Ministério da Defesa, o Brasil já desenvolveu tecnologia nuclear e está entre os principais países que a dominam, destacando o uso em geração de energia e nas áreas médica e industrial.

Aplicações da tecnologia nuclear

Ainda na saúde, a tecnologia nuclear é usada para esterilizar materiais cirúrgicos e até tecidos humanos e sangue que, irradiados, garantem mais segurança para procedimentos de transplante e transfusão, além de durarem mais.

Na área de alimentação, as tecnologias nucleares aumentam a durabilidade de frutas e de condimentos embalados. Até mesmo um quadro de pintura deteriorado pela ação de fungos após ser irradiado pode ser recuperado por restauradores. Francisco Rondinelli, do MCTIC, explicou que o processo de irradiação de produtos é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  
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