O medalhista de ouro de 2008 teve que abandonar a edição de Roland Garros deste ano por causa de uma lesão no punho e também se ausentou de Wimbledon
Por Redação, com Reuters – de Londres/Moscou/Rio de Janeiro:
Rafael Nadal admitiu que ainda não tem certeza de que poderá representar a Espanha nos Jogos Rio 2016, já que suas preocupações de saúde permanecem.
O medalhista de ouro de 2008 teve que abandonar a edição de Roland Garros deste ano por causa de uma lesão no punho e também se ausentou de Wimbledon.
– Não estarei no melhor nível em nenhuma das categorias – disse Nadal a jornalistas depois de chegar ao Brasil no domingo. “Não competi em dois meses e não andei treinando muito”.
– Irei treinar aqui alguns dias para ver o que posso fazer e depois decidir o que será melhor, mais positivo para mim e a equipe – disse.
Na semana passada, David Ferrer, colega de equipe de Nadal, reconheceu que a condição física do compatriota e vencedor de 14 títulos de Grand Slam é “delicada”.
Nadal, que é o quinto do mundo e deve ser o porta-bandeira da Espanha na Rio 2016, não participou dos Jogos de 2012 devido a uma lesão, e sua eventual desistência seria um golpe considerável para o torneio olímpico de tênis, do qual vários outros jogadores da elite mundial também estarão ausentes.
Roger Federer não irá jogar por conta de um problema no joelho, e Milos Raonic, finalista em Wimbledon, justificou sua desistência citando o temor do zika vírus.
Equipes russas
O ministro dos Esportes da Rússia, Vitaly Mutko, disse nesta segunda-feira que todas as decisões sobre a participação de atletas russos nos Jogos Rio 2016 serão tomadas até terça-feira, relatou a agência de notícias R-Sport.
O Comitê Olímpico Internacional informou no sábado que terá a palavra final sobre quais atletas russos poderão competir nos Jogos, revisando todas as decisões feitas por federações internacionais esportivas sobre as acusações de doping.
COI mantém otimismo
O Rio de Janeiro vai realizar uma Olimpíada muito bem sucedida, disse no domingo o Comitê Olímpico Internacional(COI), apesar dos atrasos na preparação, da falta de dinheiro e de o país estar atravessando sua pior crise política e econômica em décadas.
A primeira edição dos Jogos na América do Sul começará no dia 5 de agosto, e os organizadores ainda correm para finalizar algumas instalações.
A Linha 4 do metrô que leva até o Parque Olímpico foi inaugurada apenas no sábado, em um momento no qual o país passa pela sua pior recessão desde a década de 1930.
A obra, que custou quase R$ 10 bilhões e chega até a Barra da Tijuca, onde está o Parque Olímpico e a Vila Olímpica, é fundamental para o transporte das dezenas de milhares de torcedores e esportistas entre as diferentes locais de competição.
Mas os trabalhos não param, e funcionários ainda fazem o acabamento dos locais de prova e consertam problemas nas acomodações dos atletas.
A principal rampa da Marina da Glória desabou no sábado, dando mais uma dor de cabeça aos organizadores.
– Há alguns desafios de última hora, mas nossos amigos brasileiros estão cuidando deles – disse o presidente do COI, Thomas Bach. “Tudo está se acertando. Esperamos uma grande edição dos Jogos Olímpicos.”
– Estamos mais confiantes do que nunca de que teremos grandes Jogos Olímpicos no Rio, daqui a cinco dias. Olimpíadas à la Brasil.