Cidadãos venezuelanos frequentemente viajam para a mais próspera ilha de Curaçao em busca de trabalho ou produtos básicos
Por Redação, com Reuters ee EFE – de Caracas/Santiago:
Quatro venezuelanos morreram enquanto tentavam chegar à ilha de Curaçao, nas Antilhas Holandesas, depois que seu barco partiu ao meio durante o trajeto, apesar de a viagem ser proibida pelo governo da Venezuela, disseram autoridades e familiares dos passageiros na quarta-feira.
Cidadãos venezuelanos frequentemente viajam para a mais próspera ilha de Curaçao em busca de trabalho; ou produtos básicos que estão indisponíveis em meio ao colapso do sistema econômico socialista da Venezuela.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou na semana passada a interrupção de todas as viagens aéreas; ou marítimas para as ilhas de Curaçao, Bonaire e Aruba para prevenir o contrabando de bens nacionais pelo que ele chamou de “máfias”.
Duas mulheres e dois homens foram “encontrados na praia”; disse Reginald Huggins, representante da polícia de Curaçao à mídia local.
– Isso não foi um crime, eles não foram assassinados.
O barco saiu da costa oeste da Venezuela mas partiu ao meio diversos quilômetros antes de chegar a Curaçao; disse um familiar de um dos passageiros que estava a bordo da embarcação e sobreviveu.
– Uma onda enorme quebrou o barco em dois, na verdade, ele estava carregando passageiros demais – disse o familiar, que pediu para não ser identificado.
Chile e Peru
O papa Francisco, que fará na próxima semana uma viagem apostólica pela América do Sul, divulgou um vídeo na terça-feira para “os povos chileno e peruano” no qual mostra desejo de estar perto dos excluídos da sociedade. A informação é da agência EFE.
– “Diante da proximidade da minha viagem a essas terras, dou uma saudação afetuosa. Vou até vocês como peregrino da alegria do Evangelho; para compartilhar com todos a paz do Senhor e confirmá-los numa única esperança – disse o pontífice.
Ele afirmou que deseja encontrar as pessoas e olhar nos olhos; para que todos possam experimentar a proximidade de Deus.
– Conheço a história dos seus países, construída com afinco e entrega. Desejo com vocês dar graças a Deus pela fé e o amor a Deus e aos irmãos mais necessitados, especialmente pelo amor que vocês têm com aqueles que são descartados da sociedade. A cultura do descarte nos invade cada vez mais – disse.
Poucos dias antes da viagem, que começa na próxima segunda-feira no Chile e termina no dia 22 no Peru; o papa expressou preocupação com o crescente problema da exclusão social.
Francisco também manifestou o desejo de experimentar a paz que vem de Deus.
– É o presente que Cristo dá a todos, os fundamento da nossa convivência e da sociedade. A paz se sustenta na justiça – defendeu.
Segundo ele, é preciso pedir constantemente a paz e a harmonia ao Senhor.
– Não queremos estar ancorados às coisas deste mundo. O nosso olhar vai muito além; os nossos olhos estão postos na misericórdia de Deus; que cura as nossas misérias. Só Ele nos dá a motivação para levantar e seguir – afirmou.
O pontífice
De acordo com o pontífice, a proximidade com Deus dá a cada um a possibilidade de se comover com os; que estão ao nosso lado e de reafirmar a amizade e a fraternidade.
– Somos irmãos que saímos ao encontro dos demais, para nos confirmar na fé e na esperança. Ponho nas mãos da Virgem Santa, Mãe da América esta viagem apostólica; e todas as intenções que levamos em nossos corações para que ela; como boa Mãe; nos acolha e nos mostre o caminho para o seu filho – encerrou ele, dando um sorridente “até logo” e pedindo novamente para que rezem por ele.