Negociações sobre programa nuclear do Irã são retomadas com baixas expectativas

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Publicado Quinta, 04 de Agosto de 2022 às 11:09, por: CdB

Tanto Teerã quanto Washington minimizaram a perspectiva de um avanço nesta rodada de negociações, enquanto o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, alertou que não há espaço para novos compromissos importantes.

Por Redação, com Reuters - de Teerã

Conversas indiretas entre o Irã e os Estados Unidos foram retomadas em Viena com uma reunião entre o principal negociador nuclear iraniano e Enrique Mora, da União Europeia, que coordena as negociações para salvar um acordo nuclear de 2015, informou a mídia estatal iraniana nesta quinta-feira.
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Negociações sobre programa nuclear iraniano são retomadas com baixas expectativas
Tanto Teerã quanto Washington minimizaram a perspectiva de um avanço nesta rodada de negociações, enquanto o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, alertou que não há espaço para novos compromissos importantes. Como o Irã se recusa a manter conversas diretas com os Estados Unidos, Mora vai se revezar entre Ali Bagheri Kani e o enviado especial dos EUA para o Irã, Rob Malley, que tuitou na quarta-feira que estava indo para Viena com suas expectativas "sob contenção". Sinalizando pouca flexibilidade para resolver questões espinhosas restantes, Bagheri Kani destacou que a Casa Branca precisa se comprometer, dizendo no Twitter que os EUA deveriam "mostrar maturidade e agir com responsabilidade".

Programa nuclear

Pouco resta do acordo de 2015, que suspendeu as sanções contra Teerã em troca de restrições ao seu programa nuclear. Mas o então presidente norte-americano Donald Trump abandonou o acordo em 2018 e reimpôs duras sanções. Em resposta, Teerã violou o acordo de várias maneiras, inclusive reconstruindo estoques de urânio enriquecido. Após 11 meses de conversas indiretas em Viena entre Teerã, e o governo do presidente Joe Biden, no entanto, o esboço geral para retomada do pacto foi essencialmente acordado em março. Mas as negociações fracassaram, principalmente por causa da exigência de Teerã de que Washington remova sua Guarda Revolucionária de uma lista de terrorismo e da recusa dos EUA em fazê-lo.
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