Um falso padre furtou dois castiçais de prata de mais de 200 anos, usados em cerimônias religiosas na Catedral Metropolitana do Rio. De batina e ares paroquiais, ladrão passou mais de quatro horas no interior da matriz do Rio de Janeiro. O retrato falado foi divulgado nesta quarta-feira, mas o crime aconteceu há uma semana. O furto ocorreu na quarta-feira da semana passada.
O delegado federal Deuler Rocha, responsável pelas investigações, aponta alguns colecionadores como principais suspeitos do crime.
– Esta foi uma ação foi planejada – afirmou o delegado-titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio-Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH) da Polícia Federal.
Segundo Rocha, o criminoso foi um ator perfeito e não levantou a menor suspeita. Ele se apresentou como o diácono Marcos, do seminário São José, vestido de batina e dizendo que prepararia o altar para uma doação de flores. Chegou a usar o telefone e fez uma ligação fictícia para o cônego responsável pela Catedral, Haroldo Ribeiro. Demonstrando familiaridade com os procedimentos litúrgicos, o homem passou cerca de quatro horas forjando tarefas junto ao altar. De repente, disse que os castiçais precisavam de conserto e saiu carregando os objetos.
– Trata-se de um ladrão experiente, com muito sangue-frio – acrescentou o delegado.