Nicolás Maduro diz que premiê espanhol terá mãos 'cheias de sangue' se Venezuela for invadida

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Publicado Segunda, 04 de Fevereiro de 2019 às 10:34, por: CdB

A Venezuela entrou em uma nova espiral de tensão após a posse do presidente Nicolás Maduro em 10 de janeiro para o segundo mandato. No dia 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional e líder da oposição, Juan Guaidó, se declarou presidente interino da Venezuela, acusando Maduro de usurpar o cargo.

Por Redação, com Sputnik - de Caracas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez ficará com as mãos "cheias de sangue" se uma intervenção militar na Venezuela se concretizar e chamou-o de covarde por reconhecer o opositor Guaidó como presidente interino da Venezuela.
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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
– Eu digo ao Senhor Pedro Sánchez, Deus nos livre, mas se algum dia for realizado um golpe de Estado, se algum dia ocorrer uma intervenção militar gringa, suas mãos, senhor Pedro Sánchez, ficarão cheias de sangue, como ficaram as mãos de José María Aznar (1994 — 2004), na guerra do Iraque – afirmou Nicolás Maduro em um ato militar no estado venezuelano de Aragua. Nesta segunda-feira, uma série de países europeus, inclusive Espanha, França, Suécia, Áustria, Alemanha, Reino Unido e Portugal, reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. O ministro das Relações Exteriores espanhol, Josep Borrell, declarou que a UE em geral e, particularmente, a Espanha excluem a possibilidade de intervenção militar para resolução da crise venezuelana. A Venezuela entrou em uma nova espiral de tensão após a posse do presidente Nicolás Maduro em 10 de janeiro para o segundo mandato. No dia 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional e líder da oposição, Juan Guaidó, se declarou presidente interino da Venezuela, acusando Maduro de usurpar o cargo. Além dos países europeus, os EUA e vários países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram seu apoio a Guaidó e à oposição venezuelana. Nicolás Maduro recebeu apoio da Rússia, Cuba, México, Bolívia, Nicarágua, Turquia, Irã e de muitos outros países.

Outros países europeus

O premiê da Espanha, Pedro Sánchez, declarou nesta segunda-feira o reconhecimento do líder oposicionista do país caribenho, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela. Logo após declaração espanhola, a França, Suécia, Áustria, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Portugal também reconheceram Guaidó.
– O governo da Espanha anuncia que reconhece oficialmente o presidente da Assembleia da Venezuela, o senhor Guaidó Márquez, como presidente interino da Venezuela – declarou o premiê espanhol no Palácio da Moncloa. A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Margot Wallstrom, declarou que, "na situação atual, nós consideramos Guaidó como presidente interino legítimo e o apoiamos".

– Nicolás Maduro não convocou eleições presidenciais durante o limite estabelecido de oito dias – disse o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, acrescentando que seu país, juntamente com os aliados europeus, reconheceu Guaidó como presidente interino até a realização de eleições credíveis.

O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, declarou no Twitter que "o regime de Maduro até agora se recusou a aceitar eleições presidenciais livres e justas. Por essa razão a partir de agora nós consideramos Juan Guaidó presidente interino em conformidade com a Constituição venezuelana".

Portugal "reconhece e apoia a legitimidade de Juan Guaidó" como presidente interino da Venezuela, afirmou o chanceler português, Augusto Santos Silva, durante coletiva de imprensa no Palácio das Necessidades.

A chancelaria portuguesa confirmou em tweet que Portugal estará presente na primeira reunião do Grupo Internacional de Contato em Montevidéu. O reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela foi apoiado também pelo presidente francês, Emmanuel Macron, pelo chanceler dinamarquês, Anders Samuelsen, e holandês, Stef Blok, bem como pela chanceler alemã, Angela Merkel e pela assessora da chancelaria finlandesa, Riikka Taivassalo. Caracas vem enfrentando uma crise política há muito tempo, tendo sido agravada com autoproclamação do líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país no dia 23 de janeiro, enquanto o presidente reeleito Maduro culpa Washington de estar arquitetando um golpe de Estado. Os EUA, a União Europeia e uma série de países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram seu apoio a Guaidó e à oposição venezuelana. Nicolás Maduro recebeu apoio da Rússia, Cuba, México, Bolívia, Nicarágua, Turquia, Irã e de muitos outros países.
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