Nikki Haley renuncia ao cargo de embaixadora dos Estados Unidos na ONU

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Publicado Terça, 09 de Outubro de 2018 às 10:03, por: CdB

Diplomata é a mais recente de uma série de baixas no governo Trump e deixará o cargo no fim deste ano, anuncia presidente, classificando o trabalho dela como fantástico. Motivo da renúncia não é divulgado.

Por Redação, com DW - de Washington A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, vai deixar o cargo no fim deste ano, anunciou o presidente Donald Trump nesta terça-feira, após a mídia norte-americana noticiar a mais recente de uma série de baixas para o governo do republicano.
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"Eu sirvo orgulhosamente neste governo. Mas não concordo com o presidente em tudo", escreveu Haley recentemente
Haley e Trump fizeram o anúncio juntos no Salão Oval da Casa Branca. O presidente chamou a embaixadora de uma pessoa muito especial e disse que há seis meses ela já havia sinalizado que talvez fosse querer dar um tempo do cargo. Trump afirmou que juntos os dois resolveram muitos problemas e que Haley fez um "trabalho fantástico". A embaixadora não divulgou o motivo de sua renúncia, afirmando apenas ser "importante compreender quanto é tempo de se afastar". Ela afirmou que não pretende se candidatar à Presidência em 2020, numa eleição em que ela provavelmente seria vista como uma alternativa moderada do Partido Republicano a Trump. Antes de assumir o cargo de embaixadora nas Nações Unidas, Haley, de 46 anos, foi governadora da Carolina do Sul – a primeira mulher eleita para o cargo, em 2010. Ela foi reeleita em 2014 e exercia o segundo mandato quando foi nomeada por Trump como embaixadora. Haley assumiu o cargo na ONU no ano passado, com pouca experiência com política externa, mas logo se tornou uma voz nas Nações Unidas para defender a frequentemente impopular agenda de Trump. Ela pressionou por uma linha dura sobre o Irã, justificou os cortes norte-americanos à ajuda externa e esteve à frente da saída dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU, acusando a entidade de ser tendenciosa em relação a Washington e Israel. Na sessão mais recente da Assembleia Geral da ONU, Haley apoiou os manifestantes que protestaram contra o presidente Nicolás Maduro na Venezuela, gritando com um megafone que o líder deveria deixar o comando do país. No mês passado, Haley escreveu um artigo de opinião publicado pelo The Washington Post no qual aborda seus desacordos no âmbito político com Trump, mas também seu orgulho de trabalhar para o presidente. O texto de Haley foi uma resposta a um artigo anônimo publicado pelo The New York Times por um alto membro do governo norte-americano, alegando haver um esforço secreto de resistência no governo Trump e discussões internas sobre uma possível ativação da 25ª emenda constitucional, para remover o presidente do cargo. – Eu sirvo orgulhosamente neste governo e, com entusiasmo, apoio a maioria de suas decisões e a direção que está tomando para o país. Mas não concordo com o presidente em tudo – escreveu Haley. Filha de imigrantes indianos, Haley foi por muito tempo vista como uma estrela em ascensão no Partido Republicano, que tenta atrair mulheres e minorias étnicas para ampliar seu apelo para além de seu eleitorado tradicional. Uma das assessoras mais próximas de Trump, Haley é a última de uma série de altos funcionários a debandar do governo, incluindo o ex-secretário de Estado Rex Tillerson, que foi demitido em março. John Bolton, por exemplo, é o terceiro assessor nacional de segurança a ocupar o cargo desde que Trump assumiu a Presidência.
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