A LDB também prevê que sejam garantidos aos estudantes de escolas públicas ou particulares “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade.”
Por Aladilce Souza – de Brasília
A onda de intolerância e negacionismo que tomou conta doa país após a eleição do presidente Bolsonaro, que traz ainda uma forte carga de machismo, sexismo e racismo, infelizmente chegou às escolas de todo o país e a cada dia somos surpreendidos com novas denúncias de abusos.Os estudantes
Logo, os debates promovidos pelas professoras não podem e não devem ser taxados como doutrinação política já que estão amparados em Lei Federal. O que os estudantes e seus pais fizeram é crime e precisa ser punido também de acordo com a Lei. Por que assim como a LDB preza por garantir os direitos dos estudantes, ela resguarda ainda a “valorização do profissional da educação escolar”. E as condutas discriminatórias praticadas contra as educadoras violam e ferem todo e qualquer direito destes profissionais, que merecem o nosso total respeito. Estas atitudes demonstram censura e buscam impedir a livre docência e a formação dos cidadãos através do debate de ideias e da liberdade de opinião. Infelizmente comportamentos como estes encontram amparo no presidente da República, que não mede esforços para disseminar o ódio e professar discursos de cunho preconceituosos e discriminatórios. Em pleno século XXI não podemos mais aceitar que situações como estas se tornem corriqueiras e sejam naturalizadas.Aladilce Souza, é enfermeira, servidora pública do Estado da Bahia; professora Universidade Federal da Bahia (UFBA), exerceu quatro mandatos como vereadora e é presidente do PCdoB de Salvador.
As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil