Pelo terceiro dia consecutivo, o nível do Sistema Cantareira ficou estável nesta quinta-feira, em 20,1% pelo sistema de cálculo convencional da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e 15,5% pela nova metodologia que leva em conta o uso da reserva técnica, água retirada abaixo das comportas.
O volume armazenado está em 197,1 bilhões de litros de água para o abastecimento de 5,4 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. As retiradas são feitas por meio de bombeamento já que o nível está 9,2% abaixo das comportas.
De quarta para esta quinta-feira choveu 4,2 milímetros (mm) sobre o Cantareira elevando o acumulado desde o começo do mês para 44 mm, representando 49% da média histórica para abril (89,8%), faltando apenas uma semana para terminar o mês.
O Cantareira é o que tem a pior condição hídrica entre os seis mananciais de abastecimento administrados pela Sabesp. Nos próximos 23 dias, o sistema completará um ano de uso da reserva técnica. Essa utilização já foi mais crítica com a baixa da represa a um nível mais profundo, chegando a segunda cota da reserva. Com a entrada do período de maior escassez de chuvas fica mais difícil manter a recuperação que vem sendo observada desde o começo de fevereiro deste ano.
Nesta quarta-feira a Sabesp anunciou mais uma medida que deverá ajudar na recuperação desse Sistema. Os efeitos só terão resultados após dois anos. Trata-se de obras em torno do Sistema Produtor de Água São Lourenço por meio da Parceria Público-Privada, cuja conclusão está prevista apenas para outubro de 2017. Esse novo Sistema deverá abastecer 1,5 milhões de pessoas e desse total 1,1 milhão são hoje abastecidos pelo Cantareira.
O nível do Sistema Rio Claro subiu (de 45,3% para 45,4%). Os demais ficaram em baixa ou estáveis. No Alto Tietê, a taxa passou de 22,3% para 22,2% e, no Alto Cotia, o volume voltou a cair de 65,2% para 65%. Na Represa do Guarapiranga, o nível ficou em 84,1%, o mesmo registrado na quarta e, no Rio Grande, foi mantida a estabilidade em 97%.