Nova Zelândia enfrenta pior onda de covid-19 até agora

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Publicado Segunda, 14 de Fevereiro de 2022 às 08:11, por: CdB

No país foram identificados 4.960 de surtos ativos, mas os especialistas defendem que o número real de infeções será muito superior. Estima-se que possa atingir cerca de 30 mil casos por dia já em março.

Por Redação, com ABr - de Wellington

A Nova Zelândia registra números nunca vistos de casos de covid-19 desde o início da pandemia. A primeira-ministra Jacinda Ardern adverte para período de risco sem precedentes e anuncia plano para controle da variante Ômicron, embora com medidas mais brandas.
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A primeira-ministra Jacinda Ardern adverte para período de risco
O registro pandêmico na Nova Zelândia é muito diferente do europeu. Ao longo de dois anos, a resposta do governo para o controle da doença baseou-se em confinamentos, na redução de entradas de viajantes do exterior e na aplicação do plano de vacinação. Os números comprovam a taxa de sucesso no combate à covid-19: 18.936 casos e 53 mortes até 20 de fevereiro de 2022. Com a reabertura ao exterior e a circulação da variante Ômicron, país tem grande aumento de novos casos diários - nunca notificados anteriormente, em dois anos de pandemia. – Estamos embarcando, pela primeira vez em dois anos, desde o início do surto, num período em que os neozelandeses verão mais covid na comunidade – afirmou a primeira ministra. Com recorde de quase mil novas infecções nas últimas 24 horas, Ardern adverte para a nova etapa de combate à pandemia: "É um período de conter o processo, de risco, como nada que vivemos até hoje". No país foram identificados 4.960 de surtos ativos, mas os especialistas defendem que o número real de infeções será muito superior. Estima-se que possa atingir cerca de 30 mil casos por dia já em março. À medida que os casos aumentam, o governo avança para um plano de restrições mais moderado.

Segunda fase de combate à Ômicron

Nesta segunda-feira, Jacinda Ardern anunciou que a Nova Zelândia entra na segunda fase de combate à Ômicron, que implicará menos dias de isolamento domiciliar, mais rastreio de contatos por meio de aplicações e questionários online, substituindo a investigação direta pelas autoridades de saúde. Trabalhadores considerados fundamentais, caso tenham tido contatos de risco, não ficarão em isolamento, desde que apresentem testes negativos. O diretor-geral de Saúde, Ashley Bloomfield, defendeu que o país não exija mais isolamento para todos que tenham estado em local com casos positivos de covid-19, e nem que as pessoas sejam necessariamente notificadas. – O esforço será focado em faixas etárias, atendimento odontológico, instalações, locais onde possa ter havido risco de um evento superdisseminador, por exemplo se houver um surto num hospital – disse Bloomfield. Com o abrandamento de restrições, o governo quer evitar que o país paralise com isolamento em massa.
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