Novo estudo cristaliza possível vitória de Lula no primeiro turno

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Publicado Segunda, 13 de Junho de 2022 às 13:43, por: CdB

Na comparação com a pesquisa anterior do BTG/FSB, de maio último, o pré-candidato do PT oscilou dois pontos para menos, mas está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. Em segundo lugar, está o presidente Jair Bolsonaro (PL) que, desde abril, mantém 32% das intenções de voto.

Por Redação - de São Paulo
Estudo encomendado pelo banco BTG Pactual à empresa de Comunicação Social FSB cristaliza a possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno. Atualmente na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto, Lula tem chances de vencer o pleito na primeira rodada.
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Lula se preocupa com o clima de 'já ganhou' na campanha eleitoral que se aproxima
De acordo com levantamento, divulgado nesta segunda-feira, o petista tem 44% das intenções de voto, ante 45% de todos os outros candidatos somados. Nos votos válidos, Lula alcança 49,4%. Na comparação com a pesquisa anterior, de maio, o pré-candidato do PT oscilou dois pontos para menos, mas está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. Em segundo lugar, está o presidente Jair Bolsonaro (PL) que, desde abril, mantém 32% das intenções de voto.

Estimulada

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também está estacionado com 9% nas últimas quatro pesquisas. Em seguida aparece a senadora Simone Tebet (MDB), com 2%. O deputado federal André Janones (Avante) e Felipe D’Ávila (Novo) têm 1% cada. Os demais pré-candidatos não pontuaram no levantamento. Indecisos somaram 2% e brancos e nulos, outros 7%. Os dados fazem referência à pesquisa na modalidade estimulada – quando o entrevistado recebe os nomes dos presidenciáveis. Já na espontânea, nesse caso sem os nomes, Lula também segue líder, com 40% dos votos. Bolsonaro vem em seguida, com 29%. Em terceiro está Ciro Gomes, lembrado por apenas 3% dos eleitores. Simone Tebet tem 1% e outros candidatos somam 2%. A perspectiva é que o cenário eleitoral tenha poucas alterações. O instituto FSB Pesquisa questionou os entrevistados quanto à certeza do voto em primeiro turno. E até 72% disseram que a decisão de voto já está tomada e não mudará até 2 de outubro. Outros 27% afirmaram que podem mudar.

Rejeição

A pesquisa também estimulou um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro. O ex-presidente mantém sua vantagem, e ganharia do atual com 54% contra 36% dos votos. O petista também ganharia de Ciro Gomes, com 48% das intenções contra 32%. Na disputa com Simone Tebet, o percentual cresce e Lula alcança 55% dos votos ante 25% da senadora. Bolsonaro também perde para o pedetista, que tem 48% da preferência eleitoral, enquanto Bolsonaro registra 38%. O atual presidente empata apenas em um eventual segundo turno com a senadora do MDB, ambos com 40% dos votos. Bolsonaro é o candidato mais rejeitado pelos eleitores. Ao todo, 59% dos entrevistados responderam que não votariam nele “de jeito nenhum” – o mesmo percentual da pesquisa anterior. Ciro Gomes é o segundo mais rejeitado, com 48%. O percentual vem crescendo desde março, de acordo com a série histórica. O nome do ex-presidente Lula é rejeitado por 44%. Outros 29% responderam também que não votariam “de jeito nenhum” em Simone Tebet.

Desânimo

Após um breve momento de otimismo com as projeções de abril para a corrida presidencial de 2022, os resultados das pesquisas das últimas semanas, que mostram o ex-presidente Lula disparado na liderança, tomaram os aliados do presidente Bolsonaro por um crescente pessimismo. A informação consta da coluna de Guilherme Amado, no diário brasiliense Metrópoles, nesta segunda-feira. Segundo a coluna, o entorno de Bolsonaro avaliava que, neste momento, o presidente já deveria estar "encostado" no petista nas intenções de voto. O que o Datafolha mostrou no fim de maio, de outra forma, é um cenário radicalmente oposto: 21 pontos percentuais separam Lula (líder) do atual chefe do executivo. Em tal cenário, o ex-presidente poderia ser eleito no primeiro turno. Além de não ter confirmado a tendência de subida esboçada em abril, Bolsonaro, ao contrário, viu sua situação piorar de forma aguda.
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