Aos novos leitores do Correio do Brasil

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Publicado Terça, 09 de Abril de 2019 às 17:06, por: CdB

O Jornalismo, conforme o entendemos aqui, no Correio do Brasil, não é uma corrida de 100 metros, na qual apenas chegar em primeiro é o fato mais significante.

 
Por Gilberto de Souza - do Rio de Janeiro
  Os leitores que acompanham o Correio do Brasil já conhecem o jornal diário, independente, que circula na internet e nas redes sociais, há 19 anos. Nos formatos digital e impresso, é distribuído no horário vespertino, para assinantes, ao preço de R$ 9,90 por mês, com matérias exclusivas em 43 editorias e colunas; além da análise dos articulistas e correspondentes na Europa, Estados Unidos, China, Rússia e Japão. Muitas vezes, publicamos em primeira mão o que será notícia no dia seguinte, o que deixa o leitor, ainda no final da tarde, um passo adiante nos temas que estarão no dos debates, horas depois.
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Há 19 anos, o sol se põe e o Correio do Brasil circula - https://assinante.correiodobrasil.com.br/
O Jornalismo, conforme o entendemos, não é uma corrida de 100 metros, na qual apenas chegar em primeiro é o fato mais significante. Mas levar, o quanto antes, a notícia confirmada, sem suposições ou enganos; ainda que para isso a reportagem do CdB precise de mais tempo. O tempo que for preciso. Cada segundo, porém, é gasto na apuração do que realmente acontece nas principais cidades e capitais do país ou em qualquer canto do mundo. Quem lê o CdB, há tanto tempo, já sabe que o único compromisso do seu jornal é com o nosso leitor. Diferentemente dos demais jornais diários do país, portanto, o CdB mantém o noticiário equidistante do alinhamento automático aos dogmas impostos pela sociedade do consumo desenfreado. Atende ao leitor que seja também um crítico às injustiças sociais, ao massacre econômico promovido pelas leis do mercado às camadas mais frágeis da população. Informa, com precisão, todos aqueles que precisam de uma visão mais ampla e científica sobre uma realidade tão transtornada pelas notícias falsas, sectárias ou maldosas.

Bom senso

Ocorre, porém, que os novos leitores — e é a eles a quem me dirijo — estranham alguns conceitos e formas como o jornal aborda determinados assuntos. Enquanto lê na concorrência, por exemplo, que trabalhadores sem-terra “invadem” este ou aquele local, no CdB o verbo será sempre outro. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ou dos movimentos da sociedade civil, legalmente organizados, para os nossos editores não invadem coisa alguma. Ocupam, sim, a fazenda de um senador que lesou o Erário; de um traficante de drogas que usava a propriedade para suas atividades; de um dirigente corrupto que se locupletou com dinheiro público. Vemos o mundo pelas lentes da humildade e da Justiça. Sempre ao lado de quem é oprimido; contra qualquer forma de opressão. Não há meio termo. E respeitamos toda forma de arte, beleza e sentimento. Em tempo algum, acreditamos, deve haver a divisão da miséria entre os seres humanos; e sim, da riqueza, do conforto e do bom senso, para que a vida na Terra seja mais leve e sustentável. Outro ponto a ser sublinhado é que cada uma de nossas matérias vem assinada por toda a Redação, antes de identificar sua autoria e procedência. Nada é publicado, no Correio do Brasil, sem que tenha passado por um rigoroso processo de apuração, por parte dos jornalistas que integram a equipe. Não trabalhamos com o “ouvi dizer…”, mas com o “quem afirma”. Sempre com o cuidado de oferecer espaço suficiente para que todas as partes citadas tenham oportunidade de se pronunciar.

Credibilidade

É evidente que, por atuar sob o ponto de vista da independência, muitas vezes o jornal, sempre polido (não publicamos palavrões), pareça ser pouco amigável a quem quer que seja; um tanto incisivo e, por vezes, mal humorado. Não nos aliamos a quem vive de tapinhas nas costas ou se presta à simpatia pueril, que aliena e engana. Por isso, os redatores do CdB são tão econômicos nos adjetivos. Deixamos, ainda, qualquer julgamento sobre atitudes humanas para a Editoria de Opinião. Nas demais páginas, os nossos assinantes encontram a realidade, tal como ela é. Levei alguns anos até escrever tais princípios, porque eles são o resultado da série ininterrupta de 6.979 edições, até hoje. O sol se põe, há quase duas décadas, e o Correio do Brasil circula. Nunca fizemos qualquer campanha publicitária, ao longo desse tempo, que enalteça o que consideramos nossa mais simples obrigação: a de levar as notícias e o nosso entendimento sobre o tempo em que vivemos, aos leitores que, em contrapartida, assinam o Correio do Brasil. Também não promovemos qualquer tipo de campanha para angariar fundos ou pedir a ajuda financeira de pessoas e instituições, no Brasil ou no exterior, para a manutenção dos custos de produção e circulação do jornal. Se o fizéssemos, colocaríamos em risco nosso bem mais precioso, que é a credibilidade com que construímos um patrimônio para os brasileiros, fundado na seriedade de princípios e na pureza dos mais altos ideais do Jornalismo. Gilberto de Souza é jornalista, editor-chefe do Correio do Brasil.
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