O bom e o mau

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado segunda-feira, 11 de agosto de 2003 as 10:27, por: CdB

O Estado do Rio é o único do Brasil que faz a inspeção de poluentes, no momento da vistoria anual da frota. Sua introdução, em 1997, permitiu que o Detran-RJ se diferenciasse dos demais, não só pelo acompanhamento do nível de poluição da frota estadual, como pela receita adicional gerada pelo serviço. A tarifa cobrada supera em 40% o valor que será praticado no município de São Paulo em 2004, quando o teste passará a ser feito por empresa privada. Com o resultado financeiro da vistoria anual, o Detran-RJ pôde adotar a mais avançada tecnologia dentre todos os demais, assumindo, inclusive, o serviço de identificação do Félix Pacheco. Hoje, o Estado do Rio tem o melhor banco de dados do País. Este é o lado bom da tecnologia.

Mas há o lado mau. Além da elevada tarifa cobrada pelo serviço, a aplicação da tecnologia para controle da poluição no Rio tem outro fator que penaliza a população: a baixa qualidade dos equipamentos utilizados. Para reduzir custos, o Detran usa máquinas incompletas, sem o extrator necessário à limpeza automática do equipamento. Com isso, as partículas poluentes detectadas em um teste ficam armazenadas no equipamento, modificando o resultado do teste seguinte. Por conta disso, mais de 80% das motocicletas são reprovadas, pelo fato de seu escapamento ser muito próximo ao motor, já que o uso de medidor sujo contamina o resultado. Talvez por isso nenhum veículo reprovado é retirado de circulação, tornando a vistoria inútil para o controle do meio ambiente.

Técnicos em automóveis garantem que, se o equipamento utilizado fosse de primeira linha, as vans oriundas da Coréia seriam reprovadas. Com isso, deduzindo-se de informações da Polícia, mais da metade da distribuição de drogas no Estado estaria comprometida.

REVANCHE
O PT pretende convocar Anthony Garotinho (PSB) a depor na CPI do Senado que investiga a remessa de recursos ilegais para fora do País, por meio da agência do Banestado, em Foz do Iguaçu.

Requerimento nesse sentido foi apresentado pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Há quem enxergue nisso uma resposta do partido à oposição que o ex-governador do Rio tem feito ao Governo Lula.

FALIU
A situação financeira das prefeituras está tão complicada que um prefeito resolveu radicalizar. O pefelista Édson Vaz da Costa, prefeito de Lagoa Grande, região metropolitana de Teresina, renunciou ao cargo alegando não ter dinheiro para administrar a cidade.

De acordo com ele, a arrecadação caiu pela metade e está hoje em R$ 115 mil mensais.

CLASSIFICADO
Para quem gosta de ficar na informalidade, há vagas para um biscate que rende em torno dos R$ 400 por mês. Não exige escolaridade e o horário é comercial.

Os interessados podem procurar os camelôs, nas imediações da Avenida Rio Branco. A tarefa é simples: avisar a chegada da Guarda Municipal. Os únicos pré-requisitos exigidos são boa visão e voz alta.

Detalhe: o salário é de R$ 15. Por dia.

CLASSIFICADO – 2
A agência paulista MBrazil está selecionando 2 mil pessoas para trabalhar com turismo na temporada de inverno nos Estados Unidos, de outubro a janeiro. As funções vão de recepcionista a camareiro, para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Detalhe: o salário, fora gorjetas, é de US$ 5,5 (R$ 16,5). Por hora.

CENTRAIS
Infestada de pelegos, a CUT já não comanda os servidores públicos. Por falta de índios, porém, a nova Central, criada para substituí-la, não vingou. Só tinha caciques. A Anasps, que forneceria os índios, preferiu pular fora ao sentir que os caciques queriam usá-los para seus propósitos.

O presidente da Anasps, Paulo Cesar de Souza, sabe comandar sua tribo.

JEITINHO
Freqüentadores da Discoteca Baronete, em Ipanema, dão uma dica intrigante. Quem quiser abrir os armários que fazem a segurança da Casa basta um agrado.

Nada que vá doer no bolso mais do que R$ 10.

FEIRÃO
Cerca de 100 expositores já confirmaram pre