O Golpe da Família Bush

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Publicado quarta-feira, 4 de janeiro de 2006 as 18:10, por: CdB

Os ataques de 11 de Setembro forneceram a razão para o que equivale a um golpe da família Bush contra a constituição. Desde o início, o Presidente George Bush usou o 11 de Setembro para reorganizar e aumentar o alcance do governo federal muito além de qualquer lei existente para investigar a vida de pessoas inocentes. Os novos poderes permitiram ao governo prender as pessoas quando bem entendesse e submetê-las a encarceramentos intermináveis sem revisão judicial. Algumas pessoas foram enviadas para fora do país para serem torturadas por crimes com os quais eles não tinham nada ver.

Quem sabe quantas pessoas foram torturadas nas prisões Americanas? Quando os funcionários do governo dentro da comunidade de inteligência tentaram protestar, o governo os demitiu e fez todo o possível para que eles não conseguissem outro emprego em sua área. Esse programa extraordinário para espionar Americanos,  foi conduzido em grande parte nas expedições de busca sob o Ato Patriota (Patriot Act), que contém as qualidade essenciais de uma política consistente e de longo alcance para arruinar o governo constitucional

Não é de se espantar que a esquerda e a direita tenham se unido para lutar contra Bush e ainda possam eliminar o Ato Patriota. Revelações de uma operação de espionagem doméstica, com as suas escutas secretas, devem oferecer evidência suficiente para o impeachment de Bush e do Vice Presidente Dick Cheney e para a abertura de processos criminais contra os altos oficiais federais envolvidos na condução do programa. Afinal, essas pessoas estão envolvidas diretamente em derrubar o governo constitucional. Como tudo isso aconteceu?
   
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Ao abrir a conferência de contra-inteligência em março de 2005, o antigo presidente George H.W. Bush, que chefiou a CIA de 1975 a 1977, disse, “me consome ver a agência sob ataque”. Críticas recentes, disse Bush, o fizeram recordar dos anos 70, quando o Congresso “soltou um monte de babacas não tutelados por aí” para investigar o envolvimento da CIA em espionagem doméstica, assassinatos, e outras atividades ilegais, e subsequentemente aprovaram leis para evitar abusos.

Bush estava se referindo às atividades do Seleto Comitê de Estudo de Operações Governamentais com Relação às Atividades de Inteligência do Senado dos EUA , mais comumente conhecidos como o Comitê da Igreja devido ao seu presidente, o Democrata de Idaho senador Frank Church [church = igreja em inglês]. Entre outras coisas, o relatório do comitê de 1976 detalhava as atividades do abominável COINTELPRO, um programa doméstico do FBI de espionagem dos líderes de Direitos Civis, grupos contrários à guerra, ou quem quer que irritasse J. Edgar Hoover. O relatório também detalhava atividades domésticas ilegais da CIA e da inteligência militar. Uma investigação simultânea e ainda mais contenciosa foi conduzida na Casa pelo Comitê Seleto de Inteligência, que também levou o nome do seu presidente, o congressista Democrata de Nova Iorque Otis Pike. O Relatório Pike focalizava  as ações secretas da CIA, bem como a geral eficiência e orçamento da CIA.

Após alguns dias dos ataques de 11 de Setembro, os oficiais da administração do Bush mais jovem e antigos chefes de inteligência foram à programas de televisão denunciar o “efeito de esfriamento”  das investigações dos anos 70, e os  indiferentes esforços subseqüentes para regulamentar o trabalho das agências de inteligência. Paul Bremer, o futuro chefe da ocupação do Iraque, que havia presidido a Comissão Nacional sobre Terrorismo de