ONU alerta para alto uso de drogas na África Ocidental e Central

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Publicado Segunda, 27 de Junho de 2022 às 11:26, por: CdB

As drogas também se tornaram um problema de saúde pública na África Ocidental e Central, com 9,7% das pessoas entre 15 e 64 anos consumindo maconha em 2020, em comparação com 3,8% em todo o mundo, informou a agência em um relatório.

Por Redação, com Reuters - de Nova York

O abuso de opioides e maconha está acima das médias globais na África Ocidental e Central, enquanto o tráfico de cocaína na região está financiando a violência militante no Sahel, disse a Organização das Nações Unidas em um relatório nesta segunda-feira.
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ONU alerta para alto uso de drogas e tráfico na África Ocidental e Central
A crescente instabilidade na África Ocidental, rota de trânsito de drogas ilegais a partir da América do Sul para a Europa, tem facilitado a produção e o tráfico de drogas, gerando receita para grupos armados, disse o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). As drogas também se tornaram um problema de saúde pública na África Ocidental e Central, com 9,7% das pessoas entre 15 e 64 anos consumindo maconha em 2020, em comparação com 3,8% em todo o mundo, informou a agência em um relatório. Os opioides, particularmente o tramadol, eram usados por 2,4% da mesma amostra populacional, em comparação com 1,2% em todo o mundo. O abuso de drogas é principalmente um problema entre os homens com menos de 35 anos.

Tráfico de drogas

A lenta recuperação da pandemia de coronavírus, a crescente crise humanitária do Sahel e o impacto da guerra na Ucrânia podem exacerbar o consumo e o tráfico de drogas se os governos não responderem aos sinais de alerta, disse a agência. Embora 90% da cocaína seja apreendida em rotas marítimas, quantidades significativas também foram interceptadas no Níger, Burkina Faso e Mali desde 2021. As fronteiras desses países são um foco de atividade jihadista violenta, algumas ligadas à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, que ganhou força e terreno na última década. A violência matou milhares de civis e deslocou milhões em toda a região, aumentando as frustrações que alimentaram um golpe militar em 2020 no Mali e outro em Burkina Faso este ano.
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