Relatório da ONU mostra efeitos do aquecimento global no Brasil

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Publicado Sábado, 04 de Novembro de 2017 às 13:09, por: CdB

Praias famosas, distritos comerciais e áreas plantadas, em fazendas ao redor da Terra, estão sob ameaça. O aquecimento global causará uma mudança no clima do planeta, segundo a ONU.

 

Por Redação, com The Guardian - de Londres

 

O litoral brasileiro será uma das regiões mais afetadas com o aquecimento global. O Rio de Janeiro, em especial, sofrerá pesadas inundações, prevê estudo divulgado, neste sábado, no diário britânico The Guardian. Centenas de milhões de moradores em áreas urbanas, ao redor do mundo, serão afetados com o aumento nos níveis dos oceanos; caso a temperatura global suba 3º centígrados.

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O aquecimento global, segundo relatório da ONU, elevaria as águas até a Candelária, no Centro do Rio Área em azul mostra a elevação das águas na Baía de Guanabara, segundo relatório da ONU sobre o aquecimento global

Praias famosas, distritos comerciais e áreas plantadas, em fazendas ao redor da Terra, estão sob ameaça de uma mudança no clima do planeta. Dados do estudo realizado por um grupo de cientistas multidisciplinar, analisados por jornalistas do Guardian mostram que o aumento na temperatura, em 3ºC iniciará uma elevação irreversível nos níveis dos oceanos; em cerca de 2 metros. Cidades como Shangai, Alexandria, Rio de Janeiro, Osaka e Miami, entre milhares de outras, serão inexoravelmente inundadas.

Negociadores

O Guardian acredita, no entanto, que a preparação para um mundo 3ºC mais quente é tão irregular quanto os esforços para evitar que isso aconteça. Nas seis regiões litorâneas possivelmente mais afetadas, segundo o diário, “os governos planejam apenas algumas pequenas medidas contra a enormidade dos efeitos previstos, adiante. Em muitos casos têm feito nada”.

O tema será debatido, na semana que vem, na rodada de discussões sobre o clima, em Bonn, na Alemanha. Os negociadores trabalham no monitoramento, localização e apoio aos compromissos nacionais para o corte de CO2. As medidas visam uma escala considerada mais segura, entre 1,5ºC e 2ºC. Estes níveis estão de acordo com o compromisso firmado em Paris, em 2015, do qual o Brasil é um dos signatários.

A oportunidade para as mudanças necessários, no entanto, seguem muito devagar. A constatação é do Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (ONU), liberado na última quinta-feira. Segundo o corpo internacional de cientistas, as ações necessárias não chegam a um terço do necessário.

Miséria

Atores não governamentais como cidades, empresas e pessoas podem apenas preencher parte desse vazio, “o que deixa o aquecimento em curso com o risco de chegar a 3ºC ou mais, até o fim deste século”, afirma o relatório.

Chege do Departamento de Meio Ambiente da ONU, Erik Solheim foi objetivo. Disse que o progresso ao longo do período desde o acordo de Paris, há dois anos, “tem sido inadequado”.

— Ainda nos encontramos em uma situação na qual não fizemos nem perto do que é necessário; para salvar centenas de milhões de pessoas da miséria, no futuro — concluiu.

Áreas atingidas
na Baía de Guanabara

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