O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, preferiu manter-se afastado da polêmica sobre a intenção iraquiana de comprar urânio de Níger, nesta segunda-feira, e revelou que a ONU sabia desde março que tais acusações eram infundadas.
A compra do urânio é considerada um dos motivos para a invasão americana no Iraque. Contudo, a Casa Branca admitiu recentemente que as acusações eram falsas.
- Esse assunto foi discutido no Conselho de Segurança e o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohammed El Baradei, informou na época que os documentos tinham sido falsificados - ressaltou Annan.
O secretário-geral contou ainda que acreditava que o Conselho tinha descartado o assunto no ato para não mais abordar o tema.
A declaração de Annan faz alusão ao pronunciamento de El Baradei, no Conselho de Segurança no dia 7 de março, sobre a veracidade dos documentos que alguns países acreditavam provar a ligação entre Iraque e Níger em transações com urânio de 1999 a 2001.