Por ordem de Toffoli, permanece a mordaça ao ex-presidente Lula

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Publicado Terça, 02 de Outubro de 2018 às 11:51, por: CdB

A proibição vale até que o plenário do STF decida definitivamente sobre a questão, o que não deverá ocorrer antes do encerramento das eleições, o que invalida, de pronto, o julgamento. Toffoli já havia adiantado que não pautaria o assunto nas próximas sessões do Supremo.

 
Por Redação - de Brasília
  Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli reafirmou, nesta terça-feira, a proibição para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conceda entrevistas. Toffoli determinou o cumprimento de decisão do ministro Luiz Fux proibindo Lula de se pronunciar. Fux havia concedido liminar cassando autorização anterior dada pelo também ministro Ricardo Lewandowski.
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Por determinação do ministro Dias Toffoli, o ex-presidente Lula continua proibido de conceder entrevistas
A proibição vale até que o plenário do STF decida definitivamente sobre a questão, o que não deverá ocorrer antes do encerramento das eleições, o que invalida, de pronto, o julgamento.

Entrevistas

A autorização para a entrevista havia sido dada por Lewandowski na última sexta-feira a pedido de um dos diários conservadores paulistanos. Lula também falaria ao jornalista Florestan Fernandes Jr.p apresentador do programa Voz Ativa, da Rede Minas. Seria a primeira vez que o ex-presidente daria declarações a veículos de imprensa desde que foi preso, em Curitiba, no início de abril, por decisão do juiz Sérgio Moro, que determinou o cumprimento antecipado da pena, antes que recursos contra a condenação fossem julgados em última instância. Ainda na sexta, horas depois, Fux barrou a medida, voltando a proibir que Lula desse declarações. Na segunda-feira, Lewandowski chegou a falar em "censura a um dos mais importantes veículos de comunicação do Brasil", durante evento realizado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

‘Movimento’

O ministro participava da celebração aos 30 anos da Constituição de 1988. Mais tarde, ele voltou a autorizar as entrevistas. "Reafirmo a autoridade e vigência da decisão que proferi na presente Reclamação”, afirmou Lewandowski, novamente desautorizado por Toffoli, minutos depois. A deliberação de Toffoli veio em resposta ao questionamento do Ministério da Segurança Pública sobre qual decisão deveria ser efetivada. "A fim de dirimir a dúvida no cumprimento de determinação desta Corte, cumpra-se, em toda a sua extensão, a decisão liminar proferida, em 28/9/18, pelo vice-presidente da Corte, Ministro Luiz Fux", afirmou Toffoli em despacho. Na tarde do mesmo dia, ele deu declaração polêmica ao afirmar que, em 1964, não houve golpe e nem revolução, mas "movimento".
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