Otan vai defender 'cada centímetro' de seu território, diz Biden

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Publicado Quinta, 30 de Junho de 2022 às 10:52, por: CdB

Para Biden, a reunião realizada em Madri nesta semana foi "histórica" por conta do pedido de adesão de dois novos países, Suécia e Finlândia. Ambos querem entrar na Aliança por temor de que Putin repita em seus territórios o que está fazendo na Ucrânia.

Por Redação, com ANSA - de Madri

Durante a coletiva final da reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que a Aliança se mantém unida e vai se defender de qualquer ataque estrangeiro, em um claro recado à Rússia.
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Biden afirmou que encontro da Otan foi 'histórico'
– Defenderemos cada centímetro do território aliado. As coisas mudaram e nós precisamos nos adaptar. Falei para (Vladimir) Putin que se ele atacasse (a Ucrânia), ele ia conseguir só mais Otan, que a Aliança ficaria mais forte e mais unida, e foi isso que aconteceu. Esse foi um encontro que serve para reforçar a Aliança. O mundo muda e a Otan muda por consequência – afirmou o mandatário. Para Biden, a reunião realizada em Madri nesta semana foi "histórica" por conta do pedido de adesão de dois novos países, Suécia e Finlândia. Ambos querem entrar na Aliança por temor de que Putin repita em seus territórios o que está fazendo na Ucrânia. No entanto, nesse momento Biden cometeu uma gafe, trocando Suécia por Suíça. "Estou tão ansioso em ampliar a Aliança ainda mais que eu errei", falou rindo e tentando reparar o erro. Sobre a Ucrânia, o presidente dos EUA voltou a reiterar que tanto seu governo com os Estados-membros da Otan "vão apoiar Kiev por todo o tempo necessário". – Os russos perderam 15 anos em desenvolvimento de sua economia, tiveram o primeiro default em 100 anos, têm dificuldades na produção de petróleo porque precisam da tecnologia norte-americana e há uma situação similar no setor militar. Não sei como isso vai terminar, mas não acabará com a derrota da Ucrânia – disse aos jornalistas. O chefe da Casa Branca ainda afirmou que Washington "vai enviar novas armas" para a defesa ucraniana "nos próximos dias", em valor que chega a US$ 800 milhões.

Outros temas

Durante a coletiva, Biden também foi questionado sobre outros assuntos da política interna e externa norte-americana. Sobre a revogação do direito ao aborto decidido pela Suprema Corte no último dia 24, o presidente voltou a criticar a decisão e reforçou que uma lei sobre o tema deve ser levada ao Congresso. – O comportamento da Suprema Corte foi ultrajante, mas os EUA não vão se render. Estamos em uma posição melhor que antes e vamos mudar a decisão sobre o aborto – disse aos jornalistas. Biden também respondeu a perguntas sobre a próxima etapa de sua viagem internacional, no Oriente Médio, e afirmou que não pedirá à Arábia Saudita para aumentar a produção de petróleo a fim de conter a crise internacional nos preços dos combustíveis fósseis. Sobre Israel, o mandatário destacou que um dos objetivos de sua viagem é "integrar melhor" o país na região. Já sobre a possibilidade de Washington vender caças F16 para a Turquia, o democrata afirmou que "acredita" que isso será realizado, mas que precisa de autorização do Congresso para poder concretizar a venda.
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