Pai de Mauro Cid usou escritório da Apex para fazer negócios, diz PF

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Publicado sexta-feira, 12 de julho de 2024 as 19:52, por: CdB

A investigação, baseada em depoimentos de 16 funcionários e ex-funcionários; além da análise de documentos, revelou que o general utilizou a estrutura da agência para visitar o acampamento golpista no quartel-general do Exército, em Brasília, no final de 2022. Lourena Cid manifestava aos funcionários sua convicção de que Jair Bolsonaro continuaria no poder mesmo após a derrota nas eleições.

Por Redação – de Brasília

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) divulgou, nesta sexta-feira, a conclusão de inquérito interno sobre a atuação do general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens do presidente), indicado por Jair Bolsonaro (PL) para o comando do escritório da agência em Miami. A investigação identificou uma série de desvios que teriam sido praticados pelo militar.

General Lorena Cid
General Cid teria usado celular da Apex para fotografar joias que Bolsonaro recebeu e negociá-las nos Estados Unidos

Segundo o relatório da Apex, entre as irregularidades apontadas estão o afastamento das atividades inerentes ao cargo e o uso da estrutura da agência para negociações de joias que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Bolsonaro tentou se apropriar.

A investigação, baseada em depoimentos de 16 funcionários e ex-funcionários; além da análise de documentos, revelou que o general utilizou a estrutura da agência para visitar o acampamento golpista no quartel-general do Exército, em Brasília, no final de 2022. Lourena Cid manifestava aos funcionários sua convicção de que Jair Bolsonaro continuaria no poder mesmo após a derrota nas eleições.

 

Celular

Nomeado por Bolsonaro para chefiar o escritório da Apex, em 2019, Lourena Cid, colega de turma do ex-mandatário na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), foi demitido em 3 de janeiro de 2023. Ele também está sob investigação da Polícia Federal (PF) por participar de negociações, nos Estados Unidos, para a venda de joias desviadas da Presidência da República.

A apuração da Apex revelou que o general usou o celular corporativo da agência para fotografar e compartilhar as joias por WhatsApp.

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