O Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), passará a ter algo em comum com os principais monumentos do mundo, como a Torre Eiffel, o Museu do Louvre e as Pirâmides do Egito: A iluminação.
A obra, que faz parte das comemorações dos 80 anos do palácio, será inaugurada nesta quarta-feira, às 18h, com uma apresentação popular da Orquestra Villa-Lobos, nas escadarias do prédio. Os músicos executarão o repertório <i>De Pixinguinha a Ary Barroso</i>, com obras como <i>Carinhoso</i> e <i>Aquarela do Brasil</i>.
– Nosso objetivo é envolver a população nas comemorações do aniversário do Palácio Tiradentes, chamando atenção e relembrando a carga histórica que o prédio carrega – afirma o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB).
Quatro quilômetros de fios elétricos, com carga de 35 quilowatts, distribuídos em 263 luzes de vapor metálico foram utilizados na nova iluminação, de responsabilidade da empresa francesa Citéluz, que também projetou e executou a iluminação do Teatro Municipal do Rio, da Casa França-Brasil e do Palácio de Cristal, em Petrópolis. Para o gerente regional da Citéluz, Pedro Martins, a nova iluminação vai destacar detalhes que podem ter passado despercebidos nesses 80 anos de história do Palácio Tiradentes.
O projeto, realizado pela Secretaria estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, teve custo zero para a Alerj. Os recursos são decorrentes da parceria do Governo estadual com a Usina Termelétrica Norte Fluminense, do grupo estatal francês de energia EDF. Segundo o secretário Wagner Victer, o Palácio Tiradentes foi escolhido para receber o Programa Estadual de Iluminação Artística de Patrimônios Históricos e Culturais por sua arquitetura clássica e por seu valor histórico.
– A nova iluminação irá valorizar ainda mais a construção, que foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1993 – informou Victer.
As obras da nova iluminação duraram 45 dias. As lâmpadas, distribuídas nas calçadas que contornam o prédio e em locais estratégicos como a escadaria, as laterais, os fundos e o topo, destacarão as esculturas históricas do edifício. Localizada em frente ao palácio, a estátua do Mártir da Independência, que empresa seu nome ao palácio, recebeu um tratamento especial: seis lâmpadas iluminam a frente, os pés, o rosto e as costas da escultura. Com o novo sistema de iluminação, é possível programar o horário em que as luzes serão ligadas e desligadas, além de outros recursos tecnológicos que favorecem a economia de energia.
A nova iluminação, porém, não é a única iniciativa da Casa para comemorar os 80 anos do Palácio Tiradentes. A exposição permanente <i>Palácio Tiradentes: lugar de memória do Parlamento brasileiro</i> será remodelada, com a mudança da apresentação dos painéis. As fotos serão digitalizadas e expostas em painéis de vidro, com iluminação especial. Fechando o ano das comemorações, chegarão ao fim as obras de restauração da cúpula de vitrais do Plenário.
Participam da inauguração o presidente da Alerj, Jorge Picciani, o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, e representantes da Usina Termelétrica Norte Fluminense.
De Cadeia Velha a sede do Parlamento fluminense, O Palácio Tiradentes foi inaugurado em maio de 1926. Desde então, grande parte da história brasileira contemporânea foi decidida no plenário e nos corredores do prédio. Mesmo antes da construção do imponente edifício, o local já era cenário de alguns dos mais dramáticos acontecimentos da nossa história política. Construído onde havia a Cadeia Velha, foi simultaneamente sede do poder político municipal e prisão, onde o Mártir da Independência passou seus últimos dias.
Até a mudança da capital federal para Brasília, em 1960, o Palácio abrigou, na maior parte do tempo, a Câmara dos Deputados, e viv