De acordo com os militares, cerca de 7 mil manifestantes teriam participado do ato, marcado por uma série de ações violentas, com direito a tentativas de invasão e de provocar incêndios do lado israelense
Por Redação, com Sputnik – de Gaza:
Milhares de palestinos realizaram um protesto contra autoridades israelenses em Gaza nesta sexta-feira, chegando a atirar um dispositivo explosivo contra soldados estacionados do outro lado fronteira, conforme relataram as Forças de Defesa de Israel (IDF).

De acordo com os militares, cerca de 7 mil manifestantes teriam participado do ato, marcado por uma série de ações violentas, com direito a tentativas de invasão e de provocar incêndios do lado israelense.
– Os manifestantes estão empinando pipas com itens em chamas, com a intenção de provocar incêndios em Israel. Além disso, os amotinados lançaram um dispositivo explosivo contra as tropas das IDF, que estão respondendo com meios de dispersão de motim e fogo de acordo com as regras de engajamento – disseram as forças israelenses. “Há pouco, um grupo de desordeiros tentou sabotar a cerca de segurança e se infiltrar em Israel. Eles foram frustrados”.
Ainda segundo as IDF, dois drones que participavam de uma missão de documentação na região caíram na Faixa de Gaza durante o protesto, mas sem risco de vazamento de informações importantes.
Presidente palestino
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, ofereceu um pedido de desculpas depois de ter sido acusado de antissemitismo em um discurso em que insinuou; que a perseguição histórica aos judeus europeus foi motivada por sua conduta, e não por sua religião.
– Se as pessoas ficaram ofendidas com a minha declaração (…); especialmente pessoas da fé judaica, peço desculpas a elas. Gostaria de assegurar a todos que não era minha intenção fazê-lo e reiterar meu total respeito à Fé judaica, bem como outras religiões monoteístas – disse o presidente palestino.
Holocausto
Mahmoud Abbas disse que condenou o Holocausto e o classificou como “o crime mais hediondo da história”, em um comunicado publicado por seu escritório em Ramallah após uma reunião do Conselho Nacional Palestino (PNC).
O ministro da Defesa de Israel rejeitou o pedido de desculpas de Abbas, declaradamente dizendo que ele era “um miserável negador do Holocausto”.
– Mahmoud Abbas é um infeliz negador do Holocausto, que escreveu um doutorado em negação do Holocausto e depois também publicou um livro sobre a negação do Holocausto. É assim que ele deve ser tratado. Suas desculpas não são aceitas – escreveu Lieberman no Twitter.
Em 30 de abril, Abbas afirmou que os judeus haviam sido torturados e assassinados na Europa por anos por causa de seu comportamento social e conexões para cobrar juros sobre empréstimos, e não por causa de sua religião. Além disso, o líder palestino expressou a opinião de que Israel era um projeto europeu desde o início.
O discurso do líder palestino foi condenado por muitos governos europeus e pelos Estados Unidos, entre outros.