A pandemia do novo coronavírus não mostra “sinais de desaceleração” nas Américas, disse a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta terça-feira diante da chegada do vírus nas Guianas na costa nordeste do continente.
Por Redação, com Reuters – de Santiago/Washington
A pandemia do novo coronavírus não mostra “sinais de desaceleração” nas Américas, disse a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta terça-feira diante da chegada do vírus nas Guianas na costa nordeste do continente e em meio a picos na Bolívia, Equador, Colômbia e Peru.

Carissa Etienne disse em um briefing virtual da base da Opas em Washington que alguns países da América Central estão registrando seu maior aumento semanal de casos desde a chegada do vírus.
Ela acrescentou que, devido ao alto fardo de doenças infecciosas e condições crônicas nas Américas, três em cada 10 pessoas, 325 milhões, estão correndo “risco aumentado” de desenvolver complicações pela covid-19.
Estados Unidos
A cidade norte-americana de Chicago restabeleceu restrições por conta do coronavírus na segunda-feira, e o Estado da Flórida reportou mais de 10 mil novos casos pelo sexto dia consecutivo, enquanto a pandemia avança pelos Estados Unidos.
Em um raro indicador de esperança, o Estado de Nova York reportou o menor número de hospitalizações pelo coronavírus em quatro meses e a cidade de Nova York iniciou uma nova fase da reabertura nesta segunda-feira. Mas o progresso, na mesma cidade e Estado que já foram o epicentro da crise, foi eclipsado pelas notícias sombrias em praticamente todos os outros cantos do país.
O Estado de Nova York registrou apenas oito mortes no domingo, enquanto o número total de pessoas hospitalizadas pela doença caiu para 716, o menor desde 18 de março, afirmou o governador Andrew Cuomo.
Mas os números do país como um todo pioraram. Trinta e dois Estados reportaram aumentos recordes em casos de covid-19 em julho, enquanto 15 Estados informaram aumentos recordes de óbitos. Mortes, hospitalizações e taxas de testes positivos continuam a escalar, com pelo menos 15 Estados reportando recordes de hospitalizações até agora em julho, de acordo com uma contagem da agência inglesa de notícias Reuters.
O vírus matou 140 mil pessoas nos Estados Unidos e infectou cerca de 3,7 milhões, ambos os números lideram o cenário mundial.
A Flórida registrou 10.347 novos casos na segunda-feira. Outras 92 pessoas morreram no Estado, aumentando o número de mortos para 5.183.