Para Lula, impasse na OMC é 'problema político'

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Publicado Domingo, 16 de Julho de 2006 às 17:56, por: CdB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo que o impasse nas negociações da Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), é um problema político, não mais econômico. Ele acrescentou que, por isso, espera uma decisão política dos líderes mundiais para costurar um possível acordo na organização.

- Os dirigentes precisam tomar uma posição, porque como o problema é político, não é mais econômico, é preciso que as pessoas não se preocupem apenas com o público interno de cada país, com os eleitores - disse Lula.

Para o presidente, quem precisa sair ganhando com um eventual acordo "são os países mais pobres, sobretudo os países da África, onde predomina o maior grau de pobreza hoje no mundo". Lula participa como convidado da cúpula do G8, o grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, que termina nesta segunda-feira em São Petersburgo.

Novo prazo

Neste domingo, os líderes do G8 (Alemanha, Itália, França, Canadá, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão e Rússia) emitiram um comunicado propondo um prazo de mais um mês para um entendimento na OMC. Lula se disse otimista, apesar do histórico de vários prazos descumpridos nas negociações nos últimos meses. As negociações para a Rodada de Doha estão emperradas por conta da inflexibilidade dos grupos negociadores.

De um lado, o grupo dos países em desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, exige que os países desenvolvidos abram seus mercados de produtos agrícolas, reduzindo tarifas de importação e eliminando subsídios aos produtores. Do outro lado, a União Européia e os Estados Unidos exigem que os países em desenvolvimento abram seus mercados de produtos industrializados e setor de serviços.

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