Paralisia na indústria tende a manter a inflação comportada e no centro da meta, preveem analistas

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Publicado Segunda, 13 de Janeiro de 2020 às 15:12, por: CdB

O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75% ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em 2019, o choque da alta nos preços das carnes pressionou a inflação oficial do Brasil, terminando o ano acima do centro da meta oficial, porém dentro do limite pelo quarto ano seguido — avanço de 4,31%, quando o centro da meta do governo era de 4,25%.

 
Por Redação - de Brasília
  Analistas de mercado reduziram suas expectativas para a inflação e a produção industrial neste ano, de acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira. A expectativa para a alta do IPCA em 2020 passou a 3,58%, 0,02 ponto percentual a menos do que na semana anterior, enquanto permaneceu em 3,75% para o próximo ano.
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A moeda brasileira tende a se desvalorizar ainda mais com a alta nos índices de inflação
O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75% ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em 2019, o choque da alta nos preços das carnes pressionou a inflação oficial do Brasil, terminando o ano acima do centro da meta oficial, porém dentro do limite pelo quarto ano seguido — avanço de 4,31%, quando o centro da meta do governo era de 4,25%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento manteve o cenário de 2,30% em 2020 e 2,50% em 2021, de acordo com o levantamento semanal do BC. Entretanto, a perspectiva para a produção industrial neste ano foi piorada para uma expansão de 2,10%, contra 2,19% antes.

Cautela

A pesquisa com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve mudanças nas estimativa para a taxa básica de juros em 2020, com a Selic sendo vista em 4,5%. Para 2021, entretanto, a conta caiu a 6,25%, de 6,5%. A Selic terminou 2019 a 4,5%, nova mínima histórica, após novo corte de 0,5 ponto percentual em dezembro, quando o BC indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a taxa básica em 4,25% este ano, mas passou a vê-la em 6,25% no próximo ano, de 6,5%. A previsão para a cotação do dólar se manteve em R$ 4,04 para o fim deste ano e R$ 4,00 para 2021.
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