Pequim rebate Otan e acusa aliança de 'criar confrontos'

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Publicado Terça, 15 de Junho de 2021 às 09:41, por: CdB

 

A China criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta terça-feira e disse que a aliança militar tenta "criar confrontos". O posicionamento chega um dia após a reunião de cúpula da Otan em Bruxelas, na Bélgica.

Por Redação, com ANSA - de Pequim

A China criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta terça-feira e disse que a aliança militar tenta "criar confrontos".
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Joe Biden durante cúpula da Otan em Bruxelas, na Bélgica
O posicionamento chega um dia após a reunião de cúpula da Otan em Bruxelas, na Bélgica, durante a qual os Estados-membros adotaram uma inédita posição comum sobre a China, afirmando que "suas ambições e seu comportamento assertivo representam uma ameaça sistêmica à ordem internacional". Por meio de uma nota, a Embaixada chinesa na União Europeia acusou a aliança militar de "criar confrontos" e pediu que seus membros enxerguem o desenvolvimento da China de forma "racional". Além disso, a sede diplomática pediu para a Otan "parar de exagerar as diferentes formas de 'teoria da ameaça chinesa'" e "não usar os legítimos interesses e os direitos legais" do país como "desculpa para manipular a política do grupo". Na nota, a embaixada afirma que as acusações da Otan são uma "calúnia contra o desenvolvimento pacífico da China" e a "continuação de uma mentalidade da Guerra Fria". No dia anterior, Pequim já havia criticado o G7, que se reunira no fim de semana no Reino Unido, por conta dos questionamentos sobre a origem da pandemia de covid-19 e a repressão contra muçulmanos em Xinjiang e movimentos pró-democracia em Hong Kong.

Estados Unidos

A união dos organismos ocidentais contra a China é capitaneada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que está na Europa para sua primeira viagem internacional no cargo. O próprio Biden já indiciou que considera o país mais populoso do mundo como uma ameaça maior que a Rússia, que sempre foi a principal antagonista dos EUA. Os países europeus, no entanto, adotam uma postura mais ambivalente, embora tenham acatado o novo tom da Otan contra Pequim. – A China tem um papel cada vez maior, assim como toda a região indo-pacífica. Obviamente, tem a ver com o fato de que os Estados Unidos e alguns parceiros da Otan são banhados pelo Pacífico – disse na segunda a chanceler alemã, Angela Merkel. Diversos países da Europa devem receber investimentos bilionários de Pequim, especialmente no âmbito da "Iniciativa do Cinturão e Rota", projeto de infraestrutura apelidado de "nova rota da seda".
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