Percentual de famílias endividadas cai para 58,1% este mês

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Publicado Quinta, 30 de Junho de 2016 às 11:00, por: CdB

Os cartões de crédito são a principal fonte de endividamento das famílias e, em seguida, os carnês

Por Redação, com ABr - de Brasília:
O percentual de famílias com dívidas ficou em 58,1% em junho deste ano, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A taxa é inferior às observadas em maio deste ano (58,7%) e em junho do ano passado (62%). Na comparação mensal, é a quinta queda mensal do nível de endividamento.
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As pessoas com dívidas em atraso chegam a 23,5% em junho deste ano, taxa inferior aos 23,7% de maio
As pessoas com dívidas em atraso chegam a 23,5% em junho deste ano, taxa inferior aos 23,7% de maio, mas superior aos 21,3% de junho de 2015. Aqueles que não terão condições de pagar suas dívidas ou contas somam 9,1% do total das famílias brasileiras, percentual superior aos 9% de maio deste ano e aos 7,9% de junho do ano passado e o mais alto desde outubro de 2010 (9,5%). Os cartões de crédito são a principal fonte de endividamento das famílias: 76,6% têm dívidas com cartão. Em seguida, aparecem os carnês (15,6%), os créditos pessoais (11,3%) e os financiamentos de carro (10,8%). Em média, o tempo para o pagamento das dívidas em atraso chega a 62,4 dias.

Famílias endividadas em maio

Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostraram que, em maio, 18,8% das famílias da capital paulista estavam inadimplentes, ou seja, com o pagamento de contas atrasado. Esse foi o maior índice registrado desde junho de 2012. O resultado divulgado foi 3,3 pontos percentuais superior ao registrado no mesmo mês de 2015, e 0,5 ponto maior em relação a abril. Segundo o levantamento no início deste mês, 49,6% das famílias têm débitos vencidos há mais de 90 dias. Em 23,3% dos casos, as contas estão vencidas entre 30 e 90 dias e, em 24,7%, por até 30 dias. De acordo com a pesquisa, a inadimplência foi maior entre as famílias com menor renda. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 22,5% estão com contas atrasadas – aumento de 3,9 pontos percentuais em comparação com maio de 2015. Já entre aquelas que ganham mais de dez salários mínimos, 9,9% afirmaram ter dívidas vencidas em maio – elevação de 1,9 ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2015. “As famílias com menor renda sentem mais os efeitos da crise econômica e, para essa faixa da população, que já vive com o orçamento mais apertado e precisa do crédito para alavancar seu padrão de consumo, qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças e levar à inadimplência”, disse, em nota, a FecomercioSP. O levantamento mostrou ainda que, em maio, 7,1% das famílias (274 mil, em números absolutos) disseram que não teriam condições de pagar totalmente ou parcialmente suas contas no mês seguinte. Esse percentual era 5,5% no mesmo período de 2015.
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