O fluxo anual de dois milhões de peregrinos em Meca põe à prova a rigidez do islamismo saudita, considerado por muitos fiéis exageradamente zeloso e incomum. O contraste entre as diferentes tradições do Islã fica claro durante a peregrinação do Haj, um dever de todo muçulmano de qualquer seita que tenha capacidade física para fazê-la.
Nessa época, Meca é transformada no ponto de encontro de muçulmanos de lugares tão diversos como Indonésia, Burkina Faso e Rússia. O islamismo saudita, conhecido como wahhabismo devido ao nome de seu fundador Mohammed bin Abdel Wahhab, impõe uma rígida separação de gêneros, obriga o comércio a fechar na hora das orações e proíbe as mulheres de dirigir ou cantar.
As autoridades religiosas alertam os peregrinos para que eles não realizem atos de veneração de indivíduos, como o profeta Maomé, ou de lugares de peregrinação, mas durante o Haj boa parte dos visitantes ignora as regras comuns ao wahhabismo.
Peregrinação em Meca desafia rigidez do islamismo saudita
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Publicado sábado, 22 de janeiro de 2005 as 21:33, por: CdB