Pergunta sobre depósitos de Queiroz na conta de Michelle não quer calar

Arquivado em:
Publicado Terça, 25 de Agosto de 2020 às 12:06, por: CdB

Após virem à tona supostos depósitos entre 2011 e 2016 realizados pelo ex-assessor Fabrício Queiroz e pela mulher dele, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, Queiroz não saiu da cabeça dos internautas. Ele levou até mesmo Bolsonaro para os assuntos mais comentados da rede social.

Por Redação - do Rio de Janeiro
O ex-assessor da família Bolsonaro e ex-PM Fabrício Queiroz entrou no ranking mundial dos assuntos mais comentados no Twitter, nas últimas 24 horas. A perceber o número de citações, no entanto, o nome do ex-assessor do filho de Bolsonaro vai continuar soando com pergunta ao presidente do Brasil.
michele-bolsonaro.jpg
Futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro recebeu pagamento de mais de R$ 80 mil, sem razão aparente
Após virem à tona supostos depósitos entre 2011 e 2016 realizados pelo ex-assessor Fabrício Queiroz e pela mulher dele, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, Queiroz não saiu da cabeça dos internautas. Ele levou até mesmo Bolsonaro para os assuntos mais comentados da rede social. Tendo atingido mais de um milhão de tweets na segunda-feira, Queiroz continua na boca do povo em uma pergunta endereçada ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

‘Bundão’

O ex-candidato a presidente do Brasil, Ciro Gomes, soou a pergunta. “Mais um dia e o povo brasileiro continua sem resposta: Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil do Queiroz? #BolsonaroCovarde", escreveu, às 7h30 desta manhã. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) estava mais cedo ainda, nas redes sociais: “São duas da manhã, eu sei, mas eu preciso fazer uma pergunta: Bolsonaro, pq sua esposa recebeu (R$) 89 mil do Queiroz? Já a filósofa Marcia Tiburi relembrou o uso da palavra "bundão" e o fato de Bolsonaro não responder à pergunta mais feita nos últimos dois dias na web. “O presidente @jairbolsonaro usou o termo "bundão" para se referir às vítimas de #COVID19 , mas não explicou por que Michelle Bolsonaro recebeu 89 mil de #Queiroz”, escreveu.

Sem sono

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), por sua vez, chamou o presidente Bolsonaro de "covarde" por publicação de "vídeo falso”. “Bolsonaro é covarde ao ponto de publicar um vídeo falso, com uma fala alterada do jornalista para justificar sua reação violenta a uma pergunta normal: “Presidente, por que o Queiroz depositou 89 mil na conta da Michele?”. De maneira perversa mente para dar argumento aos apoiadores. O jornalista Guga Noblat também trabalhou até tarde e passou a noite em claro. “Seis da manhã e sigo sem dormir com uma dúvida que me atormentou a noite toda, tem como @jairbolsonaro responder pq sua esposa, Michelle, recebeu 89 mil reais do Queiroz? Grato pela atenção”, disse.

Chocolate

O jornalista André Rizek não se contentou com apenas uma questão. Mandou uma lista de perguntas, até agora sem respostas. “É claro que as pessoas (decentes) desse país vão reagir a esse insulto, desrespeito com todos (não apenas os bundões da imprensa) os 115 mil que perderam suas vidas. Mas as perguntas seguem. Por que Fabrício Queiroz depositou 89 mil na conta da primeira dama?” “Por que o senador Flávio Bolsonaro fez tanto sucesso com chocolate, compra imóveis em dinheiro vivo, sem se lembrar desse “detalhe”? Por que o miliciano Adriano da Nóbrega foi homenageado pelo clã? Por que Queiroz se escondeu na casa do advogado dos Bolsonaro?”, questionou.

Recurso

Em lugar de responder às perguntas que todo o país repete, nas redes sociais, os advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) recorreram da decisão do Ministério Público Federal (MPF) de autorizar a continuidade do inquérito sobre suposto crime eleitoral cometido pelo parlamentar, conforme informaram neste sábado. Na segunda-feira, o MPF havia rejeitado o arquivamento da investigação por alegadas omissões em declarações de bens apresentadas em eleições passadas, e determinado a continuidade do inquérito pela Procuradoria Eleitoral do Rio de Janeiro. Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, é investigado por suposta falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, por ter omitido bens nas declarações entregues à Justiça Eleitoral do Rio em 2014, 2016 e 2018.

MP eleitoral

O MP eleitoral do Rio havia recomendado o arquivamento, mas o juiz eleitoral do inquérito, Flávio Itabaiana, foi contra a paralisação da investigação eleitoral. O caso foi então encaminhado para a Segunda Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, em Brasília, que decidiu pela continuidade da investigação. “A própria Polícia Federal, assim como dois promotores eleitorais, também pediram o arquivamento e declararam que Flávio Bolsonaro não cometeu qualquer irregularidade”, informou a defesa do senador. Além da suspeita de crime eleitoral, Flávio Bolsonaro é investigado por suspeita de ter praticado desvio de recursos em seu gabinete quando era deputado estadual do Rio, no caso que ficou conhecido como “rachadinha”.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo