Personagens errantes, verídicos ou não

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Publicado Segunda, 05 de Abril de 2004 às 06:21, por: CdB

Estreou nesse final de semana Benjamim, dirigido por Monique Gardenberg e baseado no livro homônimo de Chico Buarque. É certamente o melhor filme nacional dos últimos anos, ao lado de outros como O Invasor, O Homem que Copiava e Amarelo Manga. Houve deslizes consideráveis, sendo o pior a fotografia nas partes que se destinava a retratar os anos 60 (parece uma moderna peça de publicidade, que, apesar de estar em sintonia com o clima de anúncio dos personagens, está completamente fora da textura da época, basta ver os comerciais impressos nos arquivos de Benjamim). Nota 10 para direção de arte.
 
Uma lida no último livro de Chico, Budapeste, um exemplo de leveza e domínio da narração, e uma boa assistida em Benjamim, constata-se que o autor adora colocar os personagens de seus romances em situações invertidas, vítimas do mesmo processo desencadeado por eles. Benjamim sofre pelas mesmas mãos que fez sofrer, ou melhor ainda, sofre duas vezes. O mesmo acontece com José Costa em Budapeste, acaba resultando num esquema que fizera e já não tinha mais convicções. Enfim, o protagonista se torna vítima de suas ações.
                                                       *****
Em um rápido encontro com um funcionário que trabalha na produtora que está fazendo o documentário Pereio Eu Te Odeio, foi comentado o seguinte: faltam cerca de R$ 300 mil para fazer um lançamento digno de Pereio. Mais:
- Infelizmente ninguém quer investir em um projeto como esse.

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Edição digital

 

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