Os eleitores norte-americanos já depositaram mais de 10 milhões de votos para a eleição presidencial de 3 de novembro, superando consideravelmente a votação antecipada de 2016 e levando a crer em uma grande participação, de acordo com dados compilados pelo Projeto Eleições dos EUA.
Por Redação, com Reuters – de Washington
Os eleitores norte-americanos já depositaram mais de 10 milhões de votos para a eleição presidencial de 3 de novembro, superando consideravelmente a votação antecipada de 2016 e levando a crer em uma grande participação, de acordo com dados compilados pelo Projeto Eleições dos EUA.

O aumento da votação antecipada ocorre em meio à pandemia do novo coronavírus que motivou uma disparada de votos antecipados presenciais e pelo correio, particularmente entre democratas.
O presidente republicano Donald Trump tem procurado plantar desconfiança a respeito da votação pelo correio, fazendo alegações infundadas recorrentes sobre uma fraude generalizada antes de sua disputa com o candidato democrata Joe Biden.
Até a noite de quinta-feira, quase 10,4 milhões de norte-americanos haviam votado em Estados que relatam dados da votação antecipada, de acordo com o instrumento de informações eleitorais da Universidade da Flórida.
Votos
Para comparar, até 16 de outubro de 2016 cerca de 1,4 milhão de norte-americanos havia votado antecipadamente.
O número de votos depositados em cinco Estados, Minnesota, Dakota, do Sul, Vermont, Virgínia e Wisconsin, já superou em 20% o comparecimento total de 2016, disse o Projeto Eleições.
Trump e Biden visitam Pensilvânia e Flórida
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viajou nesta terça-feira à Pensilvânia para seu segundo comício de campanha desde que teve covid-19, e o rival democrata Joe Biden está seguindo para a Flórida agora que a batalha pela Casa Branca se concentra em dois dos maiores Estados-chave.
Trump voltou a fazer campanha pela primeira vez desde que revelou que tinha coronavírus na noite de segunda-feira na Flórida. Ele atirou máscaras aos apoiadores, mas não usou uma enquanto falou sobre sua recuperação.
– Já passei por isso. Dizem que sou imune. Sinto-me muito poderoso – disse ele aos espectadores que se comprimiam ombro a ombro, a maioria sem usar máscaras. “Beijarei todos nessa plateia, beijarei os rapazes e as mulheres bonitas, eu lhes darei um beijão.”
O comício ocorreu horas depois de a Casa Branca dizer que Trump teve exames negativos de covid-19 em dias consecutivos e que não está infeccioso.
Foram os primeiros exames negativos anunciados pela Casa Branca desde que Trump disse, no dia 2 de outubro, que havia contraído o vírus. Em um memorando, o médico Sean Conley não disse quando os exames foram realizados.
Biden tem criticado a maneira como Trump lida com a pandemia. Trump trabalha furiosamente há meses para desviar a atenção pública do coronavírus, que já infectou mais de 7,8 milhões de pessoas no país, matou mais de 214 mil e tirou o emprego de milhões.
Mas a doença de Trump direcionou o foco da reta final da campanha totalmente em sua reação ao coronavírus, e pesquisas de opinião mostram Trump perdendo mais terreno para Biden à medida que os dois postulantes à Casa Branca se aproximam da eleição de 3 de novembro.