Pesquisa: eleitores temem as ameaças violentas da extrema direita

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Publicado Quinta, 15 de Setembro de 2022 às 12:33, por: CdB

O estudo também constata que 90% dos brasileiros concordam que o candidato que vencer as eleições e for reconhecido pela Justiça Eleitoral deve tomar posse em 1º de janeiro. Para 89,3%, a democracia é essencial para que a população escolha seus líderes e representantes em eleições livres e transparentes.

Por Redação - de São Paulo
A nova pesquisa do Instituto DataFolha divulgada nesta quinta-feira, sob encomenda do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) revela que 67,5% da população teme sofrer agressões físicas por parte da extrema direita, em função de escolhas políticas ou partidárias. De acordo com o levantamento, 3,2% dos entrevistados afirmaram ter sido alvo de ameaças por razões políticas em julho.
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O assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) teve motivação política clara
O estudo também constata que 90% dos brasileiros concordam que o candidato que vencer as eleições e for reconhecido pela Justiça Eleitoral deve tomar posse em 1º de janeiro. Para 89,3%, a democracia é essencial para que a população escolha seus líderes e representantes em eleições livres e transparentes. — Percebemos que o medo da violência política está bastante espalhado entre as diversas camadas da população. Há uma preocupação real do quanto esse acirramento pode afetar a integridade física das pessoas — disse David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, à agência britânica de notícias BBC Brasil.

Segurança

Marques observa, ainda, que o apoio a medidas autoritárias, como o desrespeito à lei para punir criminosos, é maior entre as pessoas que têm mais medo da violência como um todo. — No entanto, de maneira geral, o índice de propensão ao apoio a posições autoritárias caiu: foi de 8,1 em 2017 para 7,29 em 2022 (em uma escala de 0 a 10), perdendo força principalmente entre os jovens de 16 a 24 anos. Hoje, a maioria dos entrevistados (66,4%) afirma que a segurança não vai melhorar com o armamento da população — resume.
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