Apesar de os Estados Unidos serem o maior parceiro comercial do Brasil, as importações americanas de produtos brasileiros têm diminuído nos últimos anos. A constatação é de uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feita especialmente para subsidiar a participação brasileira na XXIII Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, que se realiza nesta quinta e sexta-feira, no Rio.
De acordo com a CNI, a tendência de queda foi provocada pela redução no nível da atividade da economia brasileira, em 2000 e 2002. O documento revela também que o desempenho assimétrico das exportações e importações fez com que o país registrasse superávits crescentes com os Estados Unidos a partir de 2000. No ano passado, o saldo brasileiro do comércio bilateral foi de R$ 7,1 bilhões, o que representa um crescimento de 41% em relação ao resultado de 2002.
Em 2004, com a recuperação da economia brasileira, as importações norte-americanas já dão sinais de expansão. O saldo na balança comercial favorável ao Brasil, de acordo com previsões da CNI, só deve voltar a cair ao longo de 2005.
O relatório da CNI mostra que as exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 16,7 bilhões no ano passado. Nos últimos seis anos, as vendas brasileiras acumulam crescimento de 82% contra 53% das exportações totais do país. Com esse resultado, a participação norte-americana nas vendas externas do Brasil passou de 20% para 23%. Os Estados Unidos também são o principal fornecedor de mercadorias para o Brasil, ainda que o total vendido ao país represente apenas 2% da pauta norte-americana.