Pesquisadores europeus estão tentando criar uma versão simulada da Terra como forma de prever as consequências exatas de seus próprios processos físicos e da influência nela dos humanos.
Por Redação, com Sputnik – de Bruxelas
Pesquisadores europeus estão tentando criar uma versão simulada da Terra como forma de prever as consequências exatas de seus próprios processos físicos e da influência nela dos humanos.
Cientistas do Instituto de Tecnologia Suíço em Zurique e outras instituições na Europa estão construindo uma cópia digital da Terra como parte das estratégias delineadas pela União Europeia até 2050, informa o portal Phys.org.
O programa, chamado de Destino Terra (Destination Earth, em inglês), deverá recolher dados do desenvolvimento climático e eventos extremos no espaço e no tempo, e fornecê-los ao modelo digital, para que este possa simular o comportamento de nosso planeta e informar sobre melhores políticas a seguir.
Processos na Terra
Esses dados devem capturar todo o tipo de processos na Terra da forma mais realística possível, tais como a influência dos humanos na água, sua gestão, comida e os processos físicos do planeta, segundo os pesquisadores, que publicaram o respetivo estudo na revista Nature Computational Science.
– Se você estiver planejando um dique de dois metros de altura nos Países Baixos, por exemplo, eu posso correr os dados no meu gêmeo digital e verificar se o dique ainda vai, com toda a probabilidade, proteger contra eventos extremos esperados em 2050 – diz Peter Bauer, vice-diretor de Pesquisa do Centro Europeu de Previsão do Tempo de Médio Prazo e codiretor do Destino Terra.
É planejado que a iniciativa arranque em meados de 2021 e dure até dez anos.
A União Europeia projetou duas estratégias, The Green Deal e DigitalStrategy, de forma a obter neutralidade carbônica até 2050.