Petroleiro adernado significa alto risco ambiental ao Brasil, alertam ecologistas

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Publicado Quarta, 21 de Outubro de 2020 às 11:51, por: CdB

Embora a dimensão do mau estado de conservação do Nabarima seja desconhecida, se a embarcação não for reparada logo pode afundar e desencadear um gigantesco desastre ambiental, poluindo as águas venezuelanas e de várias nações vizinhas no Caribe.

Por Redação, com Reuters - de Brasília e Caracas
Grupos ambientais expressaram preocupação nas últimas semanas com um possível vazamento de 1,4 milhão de barris de petróleo a bordo do navio venezuelano Nabarima. Fotos recentes mostram a embarcação inclinada e progressivamente afundando nas águas do Golfo de Paria, localizado na foz do delta do rio Orinoco com o Oceano Atlântico, ao norte da América do Sul, na costa da Venezuela e a ilha de Trinidad e Tobago. As correntes marítimas, segundo ecologistas, podem transportar o óleo até a costa brasileira.
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O petroleiro Nabarima, adernado na costa venezuelana, poderá afundar a qualquer momento
Embora a dimensão do mau estado de conservação do Nabarima seja desconhecida, se a embarcação não for reparada logo pode afundar e desencadear um gigantesco desastre ambiental, poluindo as águas venezuelanas e de várias nações vizinhas no Caribe, relatou o jornal argentino Clarín, nesta quarta-feira O Nabarima tem 264 metros de comprimento e acredita-se que esteja em sua capacidade máxima — o equivalente a 1,4 milhão de barris de petróleo, uma quantidade quase cinco vezes maior do que a derramada pela Exxon Valdez em 1989, de acordo com a emissora americana NBC.

Petróleo bruto

O navio foi ancorado no Golfo de Paria para exportação de petróleo venezuelano, mas ficou inativo após o recente colapso na demanda mundial da commodity devido à pandemia de coronavírus e às sanções da Casa Branca contra o regime de Nicolás Maduro que assustaram os potenciais compradores. A PDVSA planeja transferir parte do petróleo bruto do Nabarima para o petroleiro Icaro por meio de uma operação de navio para navio chamada STS (sigla em inglês para "ship-to-ship"), disse uma pessoa familiarizada com o assunto à agência inglesa de notícias Reuters, na segunda-feira. A PDVSA não respondeu aos pedidos de comentário, e autoridades da vizinha Trinidad e Tobago disseram que planejam inspecionar o Nabarima. A Marinha brasileira afirmou em comunicado que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela própria Marinha, Ibama e ANP (Agência Nacional do Petróleo), acompanha a situação do petroleiro, que está a 1,3 mil km das águas brasileiras.
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